O Brasil ultrapassou a marca de 1,5 mil casos de Mpox – antiga varíola dos macacos – em 2024. Segundo dados do Ministério da Saúde, atualizados nesta semana, foram notificadas 1.638 infecções confirmadas ou prováveis da doença até a terceira semana de novembro. Outros 437 casos, por sua vez, estão sob investigação.
Atualmente, a região Sudeste é a mais afetada pela Mpox, concentrando 1.269 casos (77,5% do total de infecções no país). Tal número é liderado pelo estado de São Paulo, que contabiliza 886 casos (52,9%), seguido pelo Rio de Janeiro (320 – 19,5%). Amapá é a única unidade federativa que não registrou casos da doença em 2024.
Assim como relatado nos boletins anteriores, o principal perfil dos casos confirmados e prováveis é de pessoas do sexo masculino (1.542 do total de infecções) na faixa etária de 18 a 39 anos. Por enquanto, não foram registrados óbitos da doença este ano, apenas hospitalizações (129) e internações em Unidade de Terapia Intensiva (13).
A Mpox voltou a ser classificada como emergência global pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em agosto. A decisão levou em conta o alto número de casos confirmados no mundo e a disseminação de uma nova forma do vírus. Atualmente, 19 países relatam infecções, sendo grande parte na região da África (49,3 mil).
O que é a Mpox?
A Mpox é uma doença causada pelo mpox vírus (MPXV). Trata-se de uma doença zoonótica viral, em que sua transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato próximo com pessoas infectadas, sobretudo por vias sexuais. O intervalo entre o contato com o vírus e o início da manifestação dos sintomas varia entre três e 16 dias.
Inicialmente, os sintomas da doença incluem febre súbita, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, adenomegalia, calafrios e exaustão. Após três dias, o paciente pode começar a desenvolver erupções cutâneas.
De acordo com a OMS, o principal meio de prevenção é evitar o contato direto com pessoas com suspeita ou confirmação da doença. No caso da necessidade de contato, como profissionais da saúde, deve-se utilizar luvas, máscaras e óculos de proteção. Também é recomendado que os infectados não compartilhem itens como toalhas, roupas e lençóis.
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