Da Redação

O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, foi afastado do cargo nesta quarta-feira (23), por determinação da Justiça, após megaoperação da Polícia Federal (PF) e Controladoria-Geral da União (CGU) contra fraudes bilionárias em aposentadorias e pensões.

De 2019 a 2024, entidades investigadas fizeram ilegalmente descontos associativos de mensalidades de beneficiários. Valor estimado dessas cobranças irregulares chega a R$ 6,3 bilhões, sobretudo de contas de aposentados e pensionistas.

Além de Stefanutto, outros cinco servidores foram afastados de funções públicas no âmbito da megaoperação de hoje, batizada de Sem Desconto.

Operação Sem Desconto: mais de 200 mandados em 13 estados e no DF
A força-tarefa mobilizou cerca de 700 agentes da PF e 80 servidores da CGU para cumprimento de 211 mandados de busca e apreensão e seis de prisão temporária.

Ações ocorreram no DF e em 13 estados: Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe.

A Justiça também determinou ordens de sequestro de bens e valores de mais de R$ 1 bilhão.

Quem é o presidente do INSS?

Alessandro Antonio Stefanutto foi nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para presidir o INSS em julho de 2023, após saída do interino Glauco André Wamburg.

Stefanutto é procurador federal de carreira da Procuradoria-Geral Federal (PGF) e graduado em direito pela Universidade Mackenzie. Trabalhou no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) e também atuou como técnico da Receita Federal.

"Com foco na área aduaneira e de tributos internos", segundo perfil de Stefanutto no site oficial do INSS, ele também prestou serviços à Consultoria Jurídica do Ministério da Ciência e Tecnologia. Antes de ocupar presidência da autarquia, foi procurador-geral do INSS e diretor de Finanças e Logística.

Fonte: SBT News