Cidades
Festejos de São José de Anchieta movimentam Floresta do Piauí e região
Festa do padroeiro do município mais uma vez atraiu populares de todas as regiões vizinhas
Em 10/06/2023 por Redação

(Foto: Gelimar Moura)

 

Por João Paulo Leal – Da Redação

A comunidade católica de Floresta do Piauí festejou no período de 31 de maio a 09 de junho os festejos de São José de Anchieta, padroeiro do município. A festa religiosa teve o seu encerramento com a procissão e missa realizadas na noite de ontem, sexta-feira.

A tradicional procissão com a imagem do padroeiro saiu da Igreja, percorrendo as principais ruas da cidade e retornou para a realização da missa campal de encerramento, celebrada pelo padre Francisco Barbosa, da paróquia de Santo Inácio de Loiola, em Santo Inácio do Piauí e a pregação ficou a cargo do padre Klayton Vieira, da paróquia do Sagrado Coração de Jesus, de Simplício Mendes.

O tema deste ano foi: “Pela intercessão de São José de Anchieta, sejamos uma igreja sinodal: Comunhão, participação e missão”. Já o lema foi: “Corações ardentes, pés a caminho”, baseado em Lucas 24, 19-35.

O PADROEIRO
José de Anchieta nasceu no dia 19 de março de 1534, na cidade de São Cristóvão da Laguna, na ilha de Tenerife, do arquipélago das Canárias, Espanha. Foi educado na ilha até os quatorze anos de idade. Depois, seus pais, descendentes de nobres, decidiram que ele continuaria sua formação na Universidade de Coimbra, em Portugal. Era um jovem inteligente, alegre, estimado e querido por todos. Exímio escritor, sempre se confessou influenciado pelos escritos de são Francisco Xavier. Amava a poesia e mais ainda, gostava de declamar. Por causa da voz doce e melodiosa, era chamado pelos companheiros de "canarinho".

Mas também tinha forte inclinação para a solidão. Tinha o hábito de recolher-se na sua cela ou de retirar-se para um local ermo a fim de dedicar-se à oração e à contemplação. Certa vez, isolou-se na catedral de Coimbra e, quando rezava no altar de Nossa Senhora, compreendeu a missão que o aguardava. Naquele mesmo instante, sentiu o chamado para dedicar sua vida ao serviço de Deus. Tinha dezessete anos e fez o voto de consagrar-se à Virgem Maria.

Ingressou na Companhia de Jesus e, quando se tornou jesuíta, seguiu para o Brasil, em 1553, como missionário. Chegou na Bahia junto com mais seis jesuítas, todos doentes, inclusive ele, que nunca mais se recuperou. Em 1554, chegou à capitania de São Vicente, onde, junto com o provincial do Brasil, padre Manoel da Nóbrega, fundou, no planalto de Piratininga, aquela que seria a cidade de São Paulo, a maior da América do Sul. No local foi instalado um colégio e seu trabalho missionário começou.

José de Anchieta não apenas catequizava os índios. Dava condições para que se adaptassem à chegada dos colonizadores, fortalecendo, assim, a resistência cultural. Foi o primeiro a escrever uma “gramática tupi-guarani”, mas, ao mesmo tempo, ensinava aos silvícolas noções de higiene, medicina, música e literatura.

Com a morte do padre Manoel da Nóbrega em 1567, o cargo de provincial do Brasil passou a ser ocupado pelo padre José de Anchieta. Neste posto mais alto da Companhia de Jesus, viajou por todo o país orientando os trabalhos missionários.

José de Anchieta morreu no dia 9 de junho de 1597, na pequena vila de Reritiba, atual cidade de Anchieta, no Espírito Santo, sendo reconhecido como o “Apóstolo do Brasil”. Foi beatificado pelo papa João Paulo II em 1980. A festa litúrgica foi instituída no dia de sua morte.

Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas

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