Picos(PI), 28 de Março de 2024

Matéria / Política

Bolsonaro demite ministro de Minas e Energia por falta de autoridade na Petrobras

Empresa aumentou diesel 4 dias depois de Bolsonaro ordenar o contrário

11/05/2022 - Jesika Mayara

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P40G-IMG-83ba82c71f9843ccd7.jpg (Foto: Reprodução)
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O presidente Jair Bolsonaro decidiu trocar o titular do Ministério de Minas de Energia por considerar que o almirante Bento Albuquerque não exercia autoridade em sua área de atuação, principalmente em relação a Petrobras.

A informação é de fonte qualificada do Palácio do Planalto, segundo a qual o ex-ministro “é um homem de bem, correto, verdadeiro diplomata”, mas não mandava. Foi do almirante a sugestão de nomear seu protegido José Mauro Ferreira Coelho presidente da Petrobras.

Em lugar de Albuquerque, o presidente nomeou um dos melhores quadros do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, revelado na equipe do ministro Paulo Guedes. Sachsida tem sido um dos mais leais auxiliares de Bolsonaro. Ele chefiava a Assessoria Especial de Estudos Econômicos quando foi convidado para o novo cargo.

Como é praxe, o ato publicado no Diário Oficial da União foi “a pedido”, até porque o ex-ministro fez chegar a Bolsonaro que não tinha condições de interferir na política de preços da Petrobras.

Petrobras desafiou Bolsonaro
A demissão de Bento Albuquerque tem a ver com o fato de a Petrobras haver desafiado a autoridade do presidente da República, ao anunciar novo aumento no preço do diesel apenas quatro dias depois de Bolsonaro proibir novo aumento do diesel publicamente.

Na semana passada, durante uma live, o presidente dirigiu-se diretamente ao ministro de Minas e Energia e ao presidente da Petrobras para ordenar publicamente:

– “Vocês não pode aumentar o preço do diesel! Estamos em guerra!”

Nessa live, inclusive, o presidente classificou os lucros da estatal de “abusivos” e fez uma exortação para “não quebrar” o País.

O presidente teve de ser lembrado por alguém próximo do nome do atual presidente da estatal, que chegou ao cargo por indicação do ex-ministro e também não exerce autoridade sobre os gerentes da Petrobras, indicados por acionistas privados, que determinam os aumentos.

 

Fonte: Diário do Poder

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