O Congresso Nacional tem mandado recados ao novo governo e imposto dificuldades para a aprovação da PEC da Transição, chamada de ‘PEC fura teto’ pelos opositores do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A proposta pretende furar o teto de gastos em quase R$ 200 bilhões de reais para cumprir promessas de campanha do governo petista. Existia um ‘acordo de cavalheiros’ dentro do parlamento para a aprovação de algo em torno de R$ 70 a R$ 80 bilhões acima do teto para garantir o aumento do Auxílio Brasil para R$ 600 e também o aumento do salário mínimo. Segundo parlamentares, a cobiça do governo de transição pode colocar o acordo a perder. O senador Marcos do Val (Podemos) relembrou que o entendimento é apenas garantir o valor de no máximo R$ 80 bilhões e nada além desse limite. As negociações ocorrem no parlamento e a avaliação é de que dificilmente o texto efetivamente discutido será o que foi encaminhado pela equipe de transição de Lula. Mudanças significativas no texto da PEC já são avaliadas tanto no Senado Federal, quando na Câmara dos Deputados. O deputado Sanderson (PL) ressaltou que, em sua avaliação, a proposta é “irresponsável” e que o gabinete de transição busca o “caos econômico”. O líder do governo Bolsonaro na Câmara, deputado Ricardo Barros (Progressistas), também rejeitou a proposta e disse que nada mais está acordado além dos recursos necessários apenas para garantir o aumento do Auxílio Brasil, que no ano que vem deve voltar a se chamar Bolsa Família. (Com informações da Jovem Pan)