Com 403 currículos na mesa, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quer se aproximar do Congresso e planeja avançar nas indicações do 2º e 3º escalão da Esplanada, além de postos regionais e em secretarias. O pedido foi feito pelo chefe do Executivo aos ministros em reunião na última semana, e coincide com aumento da pressão imposta por deputados para indicações no governo. Na avaliação de parlamentares, o movimento veio com atraso. Deputados consideram que a análise de nomes para os cargos foi seletiva, e afetou apenas partidos do centro. "As nomeações só saem para aliados, mesmo com Lula tendo sido eleito pelo centro democrático", avaliou um vice-líder partidário na Câmara. Há, também, a consideração de que a falta de celeridade no processo prejudicou a construção de uma base de apoio sólida do governo no Congresso. Segundo os ministros Rui Costa, da Casa Civil, e Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, os nomes que estão na espera devem avançar o mais rápido possível, em uma força-tarefa para nomeações. A decisão antecedeu, em uma semana, o início da discussão da proposta de novas regras fiscais no Senado - prevista para a próxima 3ª feira. O governo também prepara o texto de reforma tributária, e quer a votação na Câmara na 1ª semana de julho. (Com informações do SBT News)