O governador Wellington Dias (PT) deve promover no início de fevereiro algumas mudanças no seu secretariado, visando acomodar o PMDB que está voltando a integrar a base governista. Pelo tamanho e representatividade, o partido vai entrar pela porta da frente e, além de compor o primeiro escalão, indicando uma ou mais secretarias, deverá também fazer parte da chapa majoritária em 2018, quando Wellington tentará sua segunda reeleição. Com a ida do PMDB para o governo, caberá ao Partido Socialista Brasileiro (PSB) liderar a oposição no Piauí. Dirigido pelo ex-governador Wilson Martins, o partido tem em seus quadros os deputados federais Rodrigo Martins, Átila Lira e Heráclito Fortes, ou seja, 30% da bancada piauiense na Câmara Federal. Na Assembléia Legislativa, a sigla também é representada por três deputados: Wilson Brandão, Rubem Martins e Gustavo Neiva. No interior do Estado, o número de prefeitos e vereadores, eleitos em outubro de 2016, também é representativo e não distancia o PSB das maiores siglas. Aos seus líderes cabe, daqui em diante, não só unificar o discurso de oposição, como também iniciar o diálogo com os demais partidos que estejam dispostos a trilhar esse caminho e, por fim, escolher o nome para disputar em 2018, com Wellington Dias, a eleição de governador do Estado.