O que estava sendo especulado há vários dias, inclusive em nota publicada aqui no dia 20 de janeiro, foi confirmado ontem, segunda-feira (06), quando o presidente, Michel Temer, anunciou a indicação de Alexandre de Moraes para a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF), com a morte do ministro Teori Zavaski, em trágico acidente aéreo. Alexandre de Moraes vinha ocupando o Ministério da Justiça desde que Michel Temer assumiu a Presidência da República ano passado. Moraes já se afastou do ministério e agora vai aguardar sua aprovação pelo Senado, após sabatina. Contudo, de ontem para cá o baralho dessa indicação tem sido grande, sobretudo nas redes sociais, onde as críticas e acusações são as mais variadas, superando em larga escala os poucos elogios à carreira e ao notório saber jurídico do indicado, principais requisitos de quem almeja uma cadeira na Suprema Corte Brasileira. De fato, Alexandre de Moraes é um jurista reconhecido no meio acadêmico, autor de livros que já superaram 700 mil exemplares vendidos. Já foi promotor de Justiça, professor universitário e integrou a primeira composição do Conselho Nacional de Justiça. Também foi secretário em São Paulo (Estado e capital). Em outra vertente, é filiado ao PSDB, já advogou para Eduardo Cunha e para cooperativas com suspeitas de ligação com o PCC. Tem também imóveis valiosos em seu nome. Porém, o que mais influenciou Michel Temer a indicá-lo para o STF foi poder agradar o próprio tribunal, pois a maioria dos ministros tinha predileção por ele, como também o PMDB que agora vai poder indicar o novo ministro da Justiça e, de tabela, o PSDB de Geraldo Alckmin, padrinho político do indicado.