O governador Wellington Dias está promovendo o realinhamento de sua base de apoio. O trabalho consiste na atração de novos partidos, como o PMDB de Marcelo Castro e Themístocles Filho e na ampliação da participação de alguns aliados, como o PP de Ciro Nogueira. Toda essa rodada de negociações políticas deve ter seu desfecho até o final deste mês e além de facilitar a governabilidade, tem como finalidade principal garantir a reeleição de Wellington em 2018, com a formação de uma sólida e forte chapa de candidatos majoritários e proporcionais. No entanto, o maior prejudicado com o desfecho dessas articulações será o PT, o partido do governador, que perderá postos estratégicos na esfera administrativa estadual, como a Secretaria de Saúde, por exemplo. Embora insatisfeito, o partido está ciente que não tem força suficiente para barrar a odisséia de Wellington, que viabiliza acordos com gregos e troianos em busca de mais uma reeleição. A sigla, então, resolveu priorizar a presença da senadora Regina Sousa na chapa majoritária, disputando o Senado, que em 2018 oferece duas vagas. Mas ao afirmar categoricamente que não abre mão da candidatura de Regina, o PT vai medir forças com outros aliados que também ambicionam essa posição na chapa majoritária, como é o caso do PSD de Júlio César, que em sua defesa pode ressaltar que os “companheiros” já estariam muito bem representados com Wellington Dias na cabeça dessa chapa.