A propalada reforma administrativa patrocinada pelo governador Wellington Dias (PT) para os próximos dias teve um pequeno revés de ontem para cá. Estava tudo acertado para o Partido Progressista, comandado pelo senador Ciro Nogueira, indicar o novo secretário estadual de Saúde e os nomes de Guilhermano Pires (secretário de Transportes) e Sílvio Mendes (ex-prefeito e atual secretário de Saúde de Teresina) já estavam até sendo ventilados para o posto. Mas ontem as especulações já eram fortes e hoje (15) o governador anunciou que o atual secretário, Francisco Costa, continuará no cargo. Wellington não explicou as razões que lhe fizeram voltar atrás e não entregar a Saúde aos aliados do PP, como havia acertado com o próprio Ciro em recente encontro que tiveram em Brasília, mas 10 em cada 10 analistas da política piauienses diriam que essa decisão teve influência direta do deputado Assis Carvalho (PT-PI), amigo de Wellington desde a juventude e seguidor fiel em sua trajetória política. Assis desde o segundo governo de Wellington e ao longo deste terceiro comanda a Secretaria de Saúde, quer seja ocupando ou indicando o cargo de secretário. Naturalmente não aguentaria calado perder tão cobiçada estrutura de governo. Comenta-se até, nos bastidores, que o deputado redigiu e endereçou uma carta ao governador, expressando sua indignação. Ele, Assis, nega. Já a tão sonhada aliança que seria selada com o PMDB indicando secretarias e a confirmação do PP na base por meio da ampliação de sua participação no governo, pelo visto, voltará algumas casas nesse complicado tabuleiro.