O presidente Michel Temer está preocupado com a aprovação das reformas que tramitam no Congresso Nacional, notadamente a da Previdência e a Trabalhista e mesmo com ampla base de apoio, algumas votações como a da lei da terceirização, em que a maioria foi apertada e os pedidos urgência da reforma trabalhista, quando o governo precisou se articular melhor para garantir a aprovação, fizeram acender a luz amarela no Planalto e, para evitar novos contratempos, Michel Temer vem agindo para atrair mais partidos para sua base. E nesse novo alinhamento, quem sai prejudicado é o piauiense Henrique Pires, que desde o início do Governo Temer vinha ocupando a presidência da Fundação Nacional de Saúde, na cota pessoal do presidente. O cargo agora passa a ser indicação do boco Podemos (antigo PTN), PTdoB e PSL, que juntos somam 19 deputados. De acordo com o colunista da Revista Época, Murilo Ramos, o substituto de Henrique Pires na FUNASA será o advogado Rodrigo Sérgio Dias, que estava na Diretoria de Saúde Ambiental da fundação. Ligada ao Ministério da Saúde, a Funasa teve em 2016 um orçamento de R$ 2,2 bilhões. Henrique Pires chegou a comandar a fundação no governo Dilma, por indicação do então vice-presidente Michel Temer, de quem é amigo pessoal e por esse motivo deve ser deslocado para alguma outra função estratégica no Governo Federal.