O Partido dos Trabalhadores perdeu 1.120 diretórios municipais após o Processo de Eleição Direta (PED), realizado em todo o país no último dia 09 de abril, quando os filiados da sigla foram às urnas escolher os novos dirigentes do partido no âmbito municipal. Os dados foram divulgados hoje, dia 22, na edição digital do Jornal Estadão, de São Paulo. De acordo com a publicação, das 4,1 mil cidades onde o PT está organizado, cerca de 1.120, 27% do total, não conseguiram organizar nem sequer uma chapa de 20 filiados para compor o diretório municipal. Nesses municípios, os diretórios serão substituídos por comissões provisórias. Entre eles estão cidades importantes como Uberlândia, a segunda maior de Minas Gerais. “Alguns dirigentes do PT apontam a dificuldade para preencher as cotas obrigatórias destinadas a negros, índios, mulheres e jovens, como motivo para o desaparecimento dos diretórios nessas cidades. Há ainda suspeitas de fraudes que podem contribuir para o resultado” – destacou o jornal, acrescentando ainda que outros dirigentes admitem que esse encolhimento do partido revelado pelo PED é mais um capítulo na série de reveses que levaram o PT a uma crise contínua desde o início da Operação Lava Jato, em 2014. “São incluídos nesse processo a dificuldade para reeleger Dilma Rousseff naquele ano, as prisões de petistas importantes, como José Dirceu e Antonio Palocci, as acusações contra Lula, o impeachment de Dilma, a derrota histórica do partido nas eleições municipais de 2016 e a debandada de prefeitos e vereadores da sigla” – citou a reportagem.