Em visita a Picos ontem, sexta-feira (26), para participar de encontro promovido pelo PSB, o deputado federal Átila Lira avaliou a crise política no Brasil, que se agravou após a divulgação das delações dos donos da JBS há alguns dias. Para o parlamentar piauiense, a situação do presidente Michel Temer (PMDB) é muito delicada e tende a ficar insustentável, por conta da iminente debandada de partidos da base aliada. Além dos pedidos de abertura de processo de impeachment, protocolados por deputados e também pela OAB, Temer responde por ação no STF no caso da gravação feita por Joesley Batista. Mas sua permanência no cargo está ameaçada mesmo é pela ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer, que está marcada para ser julgada no início de junho no TSE. Se houver cassação da chapa ele deve perder o mandato. Por essa ótica, Átila segue o mesmo raciocínio explicitado aqui nesta Coluna, na última quarta-feira (24), e também prevê a realização de eleições indiretas pelo Congresso Nacional, como determina a Constituição, tendo em vista que a tramitação e aprovação de uma PEC estabelecendo eleições diretas demandariam muito tempo. Com relação aos possíveis nomes a concorrer no pleito, o deputado ratificou o que também já foi noticiado aqui: Nelson Jobim, Rodrigo Maia, Fernando Henrique Cardoso, Henrique Meirelles e Tasso Jereissati são cotados para a disputa. Contudo, ele ainda citou mais um nome que até ontem não estava sendo especulado, que é o do atual governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, do PSDB.