O presidente Michel Temer (PMDB) foi denunciado criminalmente hoje, segunda-feira (26), pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. A denúncia, que foi protocolada no Supremo Tribunal Federal (STF), acusa Temer de corrupção passiva no caso da JBS. O ex-assessor do presidente e ex-deputado federal, Rodrigo Rocha Loures (PMDB-RS) também figura na denúncia. Segundo informações do Estadão, Rodrigo Janot atribui crime a Temer a partir do inquérito da Operação Patmos – investigação desencadeada com base nas delações dos executivos do grupo J&F, que controla a JBS. Contudo, a ação proposta pelo procurador-geral deve ser enviada à Câmara dos Deputados pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no supremo. Essa ação só terá andamento no STF se dois terços dos 513 deputados autorizarem sua abertura. Michel Temer, que segundo pesquisas de opinião tem baixíssimos índices de aprovação popular, nega todas as acusações. Mesmo fragilizada, a base de apoio ao presidente possui votos suficientes para barrar o andamento da ação. Mas diante da gravidade dos fatos e o aprofundamento da crise política, a permanência de partidos na base, como o PSDB, não é mais uma certeza. A pressão da opinião pública também pode alterar o placar de votos no plenário, ainda favoráveis ao presidente da República.