Com o aprofundamento da crise política no Brasil, sobretudo com relação à denúncia de corrupção passiva contra o presidente Michel Temer (PMDB), apresentada pelo procurador-geral da República Rodrigo Janot, lideranças do PSDB, maior partido da base governista, defendem o desembarque e a entrega dos cargos que ocupa na Esplanada dos Ministérios. O que antes se restringia a um e outro líder tucano, dentre eles jovens deputados federais, ao longo dessa semana o discurso de rompimento já partiu de líderes mais experientes e relevantes, como os senadores Cássio Cunha Lima (PB) e Tasso Jereissati (CE), atual presidente nacional do partido. E nesse domingo, dia 09, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin e o prefeito da capital paulista, João Dória, também defenderam a saída do governo. No entanto, na condição de gestores e conscientes da importância das parcerias entre os entes da federação, os dois foram comedidos nas declarações e reiteraram que o PSDB precisa olhar para o Brasil e, mesmo deixando a base aliada de Temer, a sigla tem que apoiar as reformas em andamento no Congresso Nacional, como a trabalhista, a política e a previdenciária. Em outra vertente, defendendo a manutenção da aliança com Temer, estão os senadores Aécio Neves (MG) e Aloysio Nunes Ferreira (SP), atual ministro das Relações Exteriores.