Em depoimento à Polícia Federal prestado ontem, dia 11, o empresário Joesley Batista, um dos donos do Grupo JBS, afirmou que pagou propina no valor de R$ 500 mil ao senador piauiense Ciro Nogueira, presidente nacional do Partido Progressista (PP). A informação foi dada com exclusividade na noite de ontem pelo Portal de Notícias G1, do Grupo Globo. Segundo a publicação, Joesley disse também que seus maiores interlocutores sobre tudo o que acontecia com a empresa, dona da JBS, no âmbito da Operação Lava Jato nos últimos três anos foram Ciro Nogueira, o atual presidente da República, Michel Temer, e o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que cumpre pena em Curitiba (PR). Ricardo Saud, executivo da JBS que também está preso com Joesley em Brasília (DF), afirmou que eles tentaram gravar a entrega de dinheiro a Ciro Nogueira na casa de Joesley. O senador teria colocando a mala no porta-malas de um carro dirigido por seu motorista, mas ele estacionou em um local onde a câmera de segurança da casa não capturou a cena. O G1 destaca também que Joesley deu outra versão sobre uma entrega de R$ 500 mil ao presidente nacional do PP, mas não está claro se ele se refere ao mesmo pagamento mencionado por Saud. Segundo o empresário, o dinheiro em espécie foi entregue na casa de Ciro Nogueira e eram a primeira parte de um pagamento de R$ 8 milhões para o PP ajudar a então presidente, Dilma Rousseff, na votação contra o impeachment – que ocorreu em abril de 2016.