O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) identificou em levantamento que 6 em cada mil magistrados sofrem ameaças no Brasil. Entre os juízes de primeira instância a média sobe para 7 em cada mil. Ao todo, 30 dos 82 tribunais citados na pesquisa relataram casos de ameaças, contabilizando 110 magistrados em situação de risco no ano passado. Os dados foram obtidos pelo jornal O Estado de S. Paulo. Ainda segundo o estudo, 97% das ameaças têm origem na atuação dos magistrados e o agressor é conhecido em 65% dos casos. As áreas de atuação que trazem mais riscos são as Varas de Família, do Trabalho e os casos de violência doméstica. No ano passado, os dispositivos mais acionados para dar proteção aos magistrados foram: reforço de segurança no local de trabalho (45% dos casos), escolta total (35%), veículo blindado (31%), escolta parcial (29%) e colete à prova de balas (15%). Em 4% dos casos, os juízes mudaram de local. Uma das regiões mais delicadas na questão de segurança dos magistrados é o Rio de Janeiro – onde a juíza Patrícia Acioli foi assassinada em agosto de 2011 com 21 tiros. A ministra Cármen Lúcia, presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF), definiu o tema como uma das prioridades de sua gestão e instalou há um ano o Departamento de Segurança Institucional do Poder Judiciário do CNJ. Para conscientizar os magistrados sobre a importância de cuidarem da própria integridade física, a gestão da ministra Cármen Lúcia elaborou um guia com recomendações para os deslocamentos feitos a pé e em veículos, além de dicas para o comportamento no ambiente de trabalho e nas redes sociais.
Com informações do Diário do Poder