A primeira semana de trabalho da equipe econômica de transição definiu as prioridades do governo do presidente eleito Jair Bolsonaro. Na lista estão a reforma da Previdência, as privatizações, medidas de ajuste fiscal, a autonomia do Banco Central (BC) e a confirmação do nome que irá comandar a instituição. Por determinação de Bolsonaro, a reforma da Previdência deve priorizar, no Congresso Nacional, as propostas infraconsticionais, aquelas que não alteram a Constituição nem impedem a continuidade da intervenção federal na segurança no estado do Rio de Janeiro. O presidente eleito está negociando diretamente com os parlamentares em busca de acordo e consenso. Para Bolsonaro, a fixação de idade mínima para homens e mulheres se aposentarem é fundamental. O economista Paulo Guedes, confirmado para ocupar o Ministério da Economia, recomenda que a discussão sobre o novo sistema para a Previdência seja ancorada na capitalização. Privatizações e ajuste fiscal também devem continuar sendo temas das reuniões nesta semana. Há indicações sobre a privatização de empresas, mas ainda não foram citados nomes pela equipe de transição. Integrantes da equipe econômica confirmaram que há um consenso no governo eleito em favor da independência do Banco Central, assim como a necessidade de definir em breve o nome de quem comandará a instituição. A preferência de Guedes é pela permanência de Ilan Goldfajn no cargo. (ABr)