A escalada do dólar tem feito estragos nas viagens internacionais e em quem depende de produtos importados, ao se aproximar dos R$ 5, mas a situação ainda está longe de atingir o nível alcançado em 2002, com a iminente vitória de Lula nas eleições presidenciais. A cotação de R$ 4 da época, motivando a “Carta aos Brasileiros”, equivaleria a R$ 11,14 atualmente, aplicada a correção do IPCA dos últimos 18 anos no Brasil. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder. Enquanto a inflação oficial no Brasil foi de cerca de 178% no período, nos EUA foram 43% e aquele dólar de 2002 equivale hoje a US$ 1,43. Na Índia, a rúpia bate recordes negativos. Na Rússia e África do Sul, as altas são similares. Apenas o euro e a libra se salvaram. Por enquanto. Desde o surgimento do coronavírus, o dólar se valorizou contra o peso mexicano, colombiano, argentino e uruguaio, além do iene japonês. (Diário do Poder)
O presidente Jair Bolsonaro disse hoje (9) que o governo federal não vai interferir para controlar o preço do barril de petróleo no Brasil. Em manifestação no seu perfil no Twitter, o presidente reforçou que “não existe possibilidade de o governo aumentar a Cide [Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico] para manter os preços dos combustíveis”. “O barril do petróleo caiu, em média, 30% (US$ 35 o barril). A Petrobras continuará mantendo sua política de preços sem interferências. A tendência é que os preços caiam nas refinarias”, escreveu. As bolsas de valores no mundo todo abriram em baixa hoje afetadas pela redução no preço do petróleo internacional, em meio a uma disputa entre Arábia Saudita e Rússia. Os preços do petróleo chegaram a cair mais de 30%, o maior recuo diário desde a Guerra do Golfo, em 1991. (ABr)
O presidente Jair Bolsonaro embarca neste sábado (7) para os Estados Unidos. Ele fica em Miami até a terça-feira (10) e pode se encontrar com o presidente Donald Trump. Porém, até o momento, estão confirmados apenas encontros com empresários, visita à fábrica da Embraer e reuniões com pastores e a comunidade brasileira no país. O porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, explicou que a relação do Brasil com os EUA tem se intensificado desde a posse do presidente. Jair Bolsonaro sai de Brasília logo no início da manhã e faz uma escala em Boa Vista, onde deve se encontrar com autoridades e população local para tratar de assuntos do estado — como a questão do Linhão de Tucuruí, terras indígenas e a possibilidade de garimpo. (Com informações da Jovem Pan)
O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, afirmou hoje (5) que o crescimento econômico do Brasil é “muito baixo” e gera frustração na sociedade. A afirmação foi feita no Fórum Conjunto Consad [Conselho Nacional de Secretários de Estado de Administração] e Conseplan [Conselho Nacional de Secretários de Estado de Planejamento], em Brasília. “Nós somos um país que ainda está passando por enormes dificuldades. Não é normal o país em desenvolvimento como o é Brasil crescer 1% ao ano. Isso não é normal”, afirmou o secretário. Em entrevista à imprensa após participar do evento, Mansueto lembrou que 2019 foi o terceiro ano que o Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, cresceu em torno de 1%. Para Mansueto, “o que vai puxar o crescimento do país é o investimento privado”. (ABr)
Teve várias motivações o apoio ao veto do presidente Jair Bolsonaro à “emenda do relator”, conferindo poder a um deputado para liberar R$ 30 bilhões em emendas. De um lado, políticos como o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) estão preocupados com a Constituição, que determina o regime presidencialista e não o parlamentarista. De outro, tipos como Renan Calheiros (MDB), preocupados em não fortalecer adversários locais, em seus Estados, membros do chamado “centrão”. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder. A derrubada do veto começou a ser ameaçada quando alguém lembrou que os adversários do relator poderiam ser prejudicados na partilha. Alegando razões institucionais, bancadas como a do PSDB no Senado fecharam questão em favor do veto do presidente. Em Alagoas, o deputado Arthur Lira (PP-AL) virou assombração para o clã dos Calheiros por ser o líder do centrão, dono da caneta do relator. (Diário do Poder)
O desempenho das exportações do Brasil no mês de fevereiro registrou um superávit comercial de US$ 3,1 bilhões, mais que o dobro do que previam todos os economistas. Ao contrário das previsões catastróficas desses especialistas em comércio exterior, as exportações totais aumentaram 15,5% em relação a fevereiro de 2019. Os dados oficiais, confirmados nesta na segunda-feira (3), desmentiram as expectativas muito negativas sobre o impacto do surto de coronavírus nas exportações. A média do “consenso” previsto em uma pesquisa da Reuters com economistas, de superávit de US$1,5 bilhão, foi amplamente superado. O Brasil exportou um total de US$ 16,4 bilhões e importou US$ 13,3 bilhões. Apesar do superávit surpreendentemente alto em fevereiro, o comércio ainda deve ser um empecilho para a economia brasileira este ano. As exportações provavelmente sofrerão uma forte desaceleração do crescimento global, uma fraqueza contínua na vizinha Argentina e agora uma queda acentuada na demanda da China. (Diário do Poder)
Uma das maiores excrescências mantidas pelos políticos brasileiros como forma de se sentirem acima dos contribuintes, os carros oficiais do Senado custaram R$ 145,8 mil apenas com combustível para levar e trazer senadores e autoridades no ano passado. O valor não leva em consideração outros gastos como manutenção, lavagem e o custo de contratar o motorista à disposição das excelências, incluindo o recesso. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder. Senadores, diretor-geral e secretário-geral rodam por Brasília em 76 Nissan Sentra e dois Hyundai Azera do presidente Davi Alcolumbre. Em média, foram R$ 12,1 mil gastos por mês e, segundo os registros do Senado, mais de um milhão de quilômetros rodados no Distrito Federal. Senadora pelo DF, Leila Barros (PSB) foi a que registrou a maior quilometragem rodada em apenas um mês. Foram 4.100 km em maio. (Diário do Poder)
As contas públicas iniciaram o ano com o saldo positivo. Em janeiro, foi registrado superávit primário do Governo Central, Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, de R$ 44,124 bilhões, aumento real (descontada a inflação) de 41% em relação ao mesmo período de 2019 (R$ 30,030 bilhões). O resultado do primeiro mês do ano foi o melhor para o período já registrado pela Secretaria do Tesouro Nacional, na série histórica com início em 1997. O resultado primário é formado por receitas, menos despesas, sem considerar os gastos com juros. Neste ano, a meta para o resultado primário é de déficit de R$ 124,1 bilhões. O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, explicou que o resultado de janeiro foi “muito bom”, influenciado pela arrecadação recorde, mas ainda é cedo para dizer se vai continuar assim nos outros meses do ano. Em janeiro, a receita líquida (descontadas as transferências para estados e municípios) chegou a R$ 151,691 bilhões, com aumento 6,4% em relação ao mesmo mês de 2019. A despesa total caiu 3,3%, chegando a R$ 107,567 bilhões.(ABr)