Fernando Haddad, deverá ser o candidato do PT à Presidência (Foto: Divugação)
O coordenador do programa de governo da candidatura presidencial do PT, Fernando Haddad, o pré-candidato petista a presidente de fato (em razão das evidências de inelegibilidade do ex-presidente Lula), disse que será difícil fechar aliança com o presidenciável Ciro Gomes (PDT), ao menos no primeiro turno. “Às vezes as declarações do Ciro de que é muito difícil uma aliança no primeiro turno [dificultam as conversas]. O PDT tem todo direito de lançar candidatura própria, assim como o PT está fazendo. Nenhum problema, mas às vezes a aliança fica mais difícil”, afirmou neste domingo (29) em evento sobre políticas públicas na área de ciência, em São Paulo. Diante da insegurança jurídica da candidatura de Lula, Haddad reconheceu que a união da esquerda foi dificultada pela prisão e condenação do ex-presidente. O petista situou Geraldo Alckmin (PSDB) como candidato da situação, que terá de defender, assim como Henrique Meirelles (MDB), o governo Temer. Haddad encerrou sua participação com a mensagem “vote 13”. A legislação proíbe pedido explícito de voto antes de 16 de agosto. O advogado eleitoral Gustavo Guedes, sem saber quem a proferiu, disse que a declaração confronta a norma e é agravada pela exposição do número do partido. Caso venha a ser representado formalmente, Haddad poderá receber multa de R$ 5.000 a R$ 25 mil. Procurado, o petista disse que não se manifestaria.
Com informações do Diário do Poder
Luiz Fux com Raimundo Carreiro, do TCU (Foto: Valter Campanato/Agência Brasi)
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luiz Fux, disse ontem (26) que o tribunal será inflexível com candidatos ficha-suja que pretendem disputar as eleições de outubro. Segundo o ministro, quem estiver inelegível pela Lei da Ficha Limpa “está fora do jogo democrático”. “Com relação à Lei da Ficha Limpa, o tribunal demonstrou e demonstrará ser inflexível com aqueles que são considerados fichas-sujas, ou seja, aqueles que já incidiram nas hipóteses de inelegibilidade. O Tribunal Superior Eleitoral sintetiza sua atuação em um binômio: não à mentira e ficha suja está fora do jogo democrático”, afirmou. As declarações foram feitas durante evento no qual o TSE recebeu uma lista, do Tribunal de Contas da União (TCU), com nomes de 7,4 mil gestores públicos que tiveram as contas rejeitadas por tribunais de contas por irregularidades insanáveis. Com base nas informações, a Justiça Eleitoral poderá rejeitar os registros de candidatura dos citados. Luiz Fux deixará o comando da Corte eleitoral no dia 14 de agosto, quando será substituído pela ministra Rosa Weber. A ministra será responsável por comandar a Justiça Eleitoral durante as eleições de outubro. Com informações da Agência Brasil
Apesar de o registro de candidaturas acabar em 15 de agosto, o prazo para julgar registros é 17 de setembro, a 20 dias do 1º turno. Isso não inclui eventuais recursos, mas o PT conta com o ritmo lento da Justiça para manter Lula “candidato oficial” até a decisão final sobre o registro do petista. Essa é a estratégia do PT, que tenta enganar o eleitor com uma candidatura que na verdade não existe. A prioridade do PT é a bancada de deputados federais e não Lula, que é carta fora do baralho. A lorota da presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, de que Lula é “candidato sem registro” é desenhada apenas para tentar eleger ‘órfãos’ de Lula. Petistas sem apoio e alianças só conseguirão se eleger com o apoio de Lula. Sem Lula candidato do PT, muitas candidaturas já estão perdidas. Só priorizando seus deputados o PT vai sobreviver. É o tamanho dessa bancada que determina quanto o partido recebe por mês do Fundão. O sonho do PT é que o nome de Lula seja incluído nas urnas, mesmo com o ex-presidente preso, em Curitiba (PR), por corrupção e lavagem de dinheiro. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
No primeiro fim de semana de convenções nacionais, os partidos políticos confirmaram cinco candidatos a presidente da República: Ciro Gomes (PDT), Guilherme Boulos (PSOL), Jair Bolsonaro (PSL), Paulo Rabello de Castro (PSC) e Vera Lúcia (PSTU). As convenções têm de ser realizadas até 5 de agosto, e o prazo para pedir o registro das candidaturas na Justiça Eleitoral encerra-se em 15 de agosto. Nas convenções nacionais, o PSL, o PDT e o PSC não escolheram os candidatos a vice. Caberá à direção nacional do PDT articular as alianças para o primeiro turno das eleições e o vice de Ciro Gomes. O PSC vai buscar um vice que agregue apoios, mas o candidato demonstrou disposição de ter uma mulher na sua chapa. No PSL, o nome forte para compor a chapa de Bolsonaro é o da advogada Janaina Paschoal, que participou da convenção ao lado do candidato a presidente. O PSOL formou uma chapa puro sangue: Sônia Guajajara será a candidata a vice de Boulos. O partido, no entanto, disputará as eleições de outubro coligado com o PCB, que realizou convenção na última sexta-feira e aprovou a aliança. O PSTU optou por não fazer coligações. O vice de Vera Lúcia será Hertz Dias. O PMN e o Avante realizaram suas convenções nacionais e decidiram não lançar candidatos a Presidência da República. No próximo sábado (28), devem reunir-se SD, PTB, PV, PSD e DC.
Com informações da Agência Brasil
A ministra Rosa Weber, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitou ontem, 18 pedido feito pelo Movimento Brasil Livre (MBL) para que o tribunal declare a inelegibilidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na decisão, Rosa Weber não entrou no mérito do pedido e entendeu que os representantes do movimento não tem legitimidade para levantar a causa. Além disso, a ministra afirmou que antes do período de registro de candidaturas, não se pode discutir legalmente a questão da inelegibilidade de candidatos. Lula está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba desde o dia 7 de abril, por determinação do juiz Sérgio Moro, que ordenou a execução provisória da pena de 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, no caso do triplex em Guarujá (SP). A prisão foi executada com base na decisão do STF que autorizou prisões após o fim dos recursos na segunda instância da Justiça. Apesar de a Lei da Ficha Limpa ter definido que condenados por órgãos colegiados estão inelegíveis, o momento no qual a Justiça Eleitoral analisa a restrição ocorre após a apresentação do pedido de registro de candidatura, que deve ser feito a partir do próximo dia 20 de julho até 15 de agosto, depois da aprovação do candidato na convenção de seu partido.
Com informações da Agência Brasil
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, assumiu interinamente a Presidência da República no início da manhã de hoje (17). Antes de embarcar para Cabo Verde, na África Ocidental, o presidente Michel Temer transmitiu o cargo a Cármen Lúcia na Base Aérea de Brasília. Esta é a terceira vez que Cármen Lúcia assume o cargo nesse período pré-eleitoral. A agenda da presidente interina para o dia de hoje ainda não foi divulgada. Cármen Lúcia é a terceira na linha sucessória para assumir interinamente a Presidência da República. A primeira pessoa da linha sucessória é o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o segundo, o do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE). Uma vez que a legislação eleitoral impede a candidatura de ocupantes de cargos no Executivo nos seis meses que antecedem as eleições, os presidentes da Câmara e do Senado também viajaram para fora do Brasil. Rodrigo Maia cumpre agenda no Chile e Eunício Oliveira, nos Estados Unidos. Na Ilha do Sal, em Cabo Verde, Temer participa da 12ª Conferência de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). A previsão é que o presidente retorne ao Brasil amanhã (18). Na conferência, o Brasil transmitirá a presidência da comunidade para Cabo Verde. O comando da CPLP é rotativo. Criada em 1996, a comunidade é integrada por nove países: Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. Com informações da Agência Brasil
A prisão especial do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT), gentilmente decidida pelo juiz federal Sérgio Moro, completou 100 dias ontem, domingo (15) e já custou R$1 milhão aos cofres públicos. Condenado a 12 anos e 1 mês de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em vez de cumprir a pena em penitenciária comum do Paraná, onde foi condenado, ou de São Paulo, onde morava, Lula tem na carceragem da PF “sala” e banheiro individual e banho quente, além de TV, ao custo diário de R$ 10 mil. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder. Comparada a presídios comuns, a prisão é precária. E atrai adoradores e malucos variados, que põem em risco a segurança do próprio Lula. Se fosse enviado para presídio de São Paulo, Lula ficaria mais perto da família, custaria R$ 1,4 mil/ mês e o bolso do contribuinte agradeceria. Em média, cada preso no Brasil gera um custo mensal de R$ 2,5 mil. Um dia da prisão especial de Lula equivale a 4 meses do gasto normal. No Amazonas, onde o custo está entre os mais altos, o gasto por preso é pouco mais de R$ 4 mil por mês, ou cerca de 10h de prisão de Lula. Com informações do Diário do Poder
Temer quer o PP de Ciro Nogueira longe de Ciro Gomes (Foto: Arquivo)
O Palácio do Planalto trabalha para evitar o apoio do PP à candidatura de Ciro Gomes (PDT). Segundo reportagem do Estadão, o presidente Michel Temer fez chegar ao PP o seguinte recado: “Vocês podem apoiar quem quiserem, menos Ciro Gomes”. Na pressão, o Planalto diz ao PP que vai retirar os cargos que a sigla ocupa no Palácio do Planalto. O PP é o maior partido do chamado Centrão e controla os ministérios da Saúde, Cidades e Agricultura – com orçamentos que, juntos, somam R$ 153,5 bilhões –, além de ter o comando da Caixa. Segundo a reportagem, auxiliares de Temer sabem que o PP não engrossará a campanha do pré-candidato do MDB, Henrique Meirelles, mas não querem ver o aliado aderindo ao rival. O apoio do Centrão, grupo formado por DEM, PP, Solidariedade, PR e PRB, é visto como o fiel da balança na disputa presidencial. O grupo pode desequilibrar a favor de um candidato. É por esse motivo que o Planalto age para evitar que o PP fique com Ciro. Mesmo o assunto sendo abordado pelos principais veículos de comunicação do país, o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira, negou a pressão por parte do Palácio do Planalto, dizendo que isso só faria sentido se o presidente Michel Temer (MD) fosse candidato à reeleição. De acordo com Ciro Nogueira, o Progressistas tem autonomia para escolher seu candidato e no entendimento do senador o seu partido não deve fidelidade ao candidato do partido do presidente da República, o ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. “Essa história de dizer que o Palácio está pressionando é uma grande mentira. Estive algumas vezes com ele (Temer) e não tocou nesse assunto. Isso é invenção”, rebateu Ciro, revelando ainda que até a próxima semana o Progressistas deve anunciar oficialmente o nome que terá o apoio da legenda para a presidência.