O advogado Gláuber Silva, do PCdoB, não pode ser candidato a vice-prefeito na chapa do prefeito de Picos, José Walmir de Lima (PT), que deve disputar a reeleição em outubro deste ano. O nome dele vinha sendo defendido por uma coalizão de pequenos partidos do município, considerados emergentes, que apóiam a candidatura de Walmir Lima. Contudo, até o último dia 02 de abril Gláuber não tinha se desligado do cargo que ocupa na Administração Municipal, que é o de secretário de Meio Ambiente e pela Legislação Eleitoral está impedido de se candidatar a qualquer cargo eletivo na eleição deste ano. Com isso, o PTB aumenta sua preferência na indicação do companheiro de chapa do atual gestor picoense.

O prefeito de Picos, José Walmir de Lima (PT), reuniu na tarde e início da noite de ontem (02), dezenas de lideranças dos partidos de sua base aliada. O objetivo do encontro, que aconteceu no auditório do Holiday Hotel, foi avaliar os prejuízos com a saída dos vereadores Toinho de Chicá, Valdívia Santos e Renato Ibiapino, como também do suplente Manoel Manoel Vieira e o grupo do deputado Pablo Santos, que passam a apoiar o pré candidato Gil Paraibano (PP). Presente no encontro, o ex-prefeito Zé Néri (PTB) defendeu a reorganização da base aliada, dando inclusive mais espaço aos partidos que permanecem fiéis até hoje. Outro fator que o grupo entende ser fundamental é a liberação o quanto antes de projetos já viabilizados junto ao Governo do Estado, contemplando principalmente obras no setor de mobilidade urbana. De acordo com um dos presentes, outros encontros devem ocorrer ao longo deste mês para, inclusive, avaliar os resultados do de ontem.

As lideranças ligadas ao pré candidato a prefeito de Picos, Gil Marques de Medeiros (PP), estão dizendo que a escolha do seu companheiro de chapa só acontecerá no período das convenções. Contudo, três nomes já são especulados para ser o candidato a vice de Gil, sendo eles: o vereador Antônio Afonso Santos Guimarães (de saída do Solidariedade), que é irmão do pré candidato a prefeito, Júnior Nobre (PSDB). O Galeguim, como é mais conhecido, não é mais aliado de Gil e diz que apóia a pré campanha do irmão Nobre, mas interlocutores de ambos trabalham uma reaproximação, podendo a vaga de vice entrar como oferta no acordo. Outro nome cogitado é o do também vereador Antônio Marcos Gonçalves Nunes, o Toinho de Chicá, que recentemente se filiou ao PP junto com o irmão, o ex-vereador Chico de Chicá. Caso isso ocorra, o PP partiria para a campanha com chapa pura. Por fim, o terceiro nome é o do jovem médico Marx Lincoln de Barros Araújo, que nunca disputou cargo eletivo mas tem a política no sangue, pois é filho do ex-prefeito Abel de Barros Araújo. Com convite de algumas siglas, ele deve decidir amanhã, dia 1º, qual partido vai se filiar. Embora discretamente, Abel vem apoiando Gil Paraibano desde sua primeira campanha, em 2004, e garante que ficará ao seu lado em mais uma.

Os três vereadores que estão licenciados para exercerem cargos de secretários na Administração Municipal vão reassumir seus mandatos na Câmara Municipal de Picos. Dois deles, Iata Rodrigues (PSB) e Filomeno Portela (PSD), já retornam na sessão de amanhã, dia 31, e Arimatéia Luz, o Maté (PSL), só na semana que vem. Porém, os três têm até o próximo dia 02 de abril para deixarem os cargos, como prevê a Legislação Eleitoral. Com o retorno dos titulares, deixam o Legislativo Picoense, voltando à condição de  suplentes: Dalva Mocó, Edilson Carvalho e Severino Luz. O afastamento de cargo em comissão seis meses antes do pleito eleitoral é exigido para quem vai disputar mandato eletivo. Além dos vereadores já citados, também deverão deixar a administração municipal, no intuito de disputar a eleição deste ano, os secretários José Venâncio, o Dudé (Saúde), Gláuber Silva (Meio Ambiente), Manoel Vieira (Transportes) e José Antônio (Agricultura) e ainda o chefe da Garagem, Evandro Paturi. Também se afastará do cargo de superintendente da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, o suplente de vereador Francisco das Chagas de Sousa, o Chaguinha.

Não é piada o que você acabou de ler. Enquanto o PMDB vai decidir por aclamação nesta terça feira (29) o rompimento oficial com o Governo Dilma, o ministro da Saúde Marcelo Castro não quer largar o osso, melhor dizendo, o filé. Além de reassumir a Presidência do PMDB do Piauí, para ter direito a dois votos na reunião (não haverá mais votação, pois a decisão será por aclamação), Marcelo chegou a declarar à imprensa que sua luta para permanecer no ministério é em nome do combate ao Zika Vírus. Epidemias a parte, a resistência dele em acompanhar a decisão partidária pode lhe render até a expulsão do partido. Isso porque após uma reunião entre Michel Temer e Renan Calheiros, a saída do PMDB da base aliada ficou irreversível e os filiados do partido que ocupam cargos no Governo, inclusive os sete ministros, terão até dia o 12 de abril para sair. O primeiro a pedir demissão foi o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves. Outros, como Eduardo Braga (Minas e Energia) deverão fazer o mesmo logo após a reunião. Como o controle do vírus zika está longe de ocorrer, Marcelo deve esperar mesmo para sair junto com a presidente Dilma.

Embora ainda pouco repercutida na imprensa da capital, a demissão do piauiense Henrique Pires, da presidência da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA), pode ser o fator determinante para o PMDB desembarcar em definitivo do Governo da presidente Dilma Rousseff. A exoneração de Pires, que foi indicado para o cargo pelo próprio vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, Michel Temer, causou mal estar na legenda, ao ponto do Diretório do Rio de Janeiro, considerado um dos mais alinhados a Dilma, anunciar a disposição de votar pelo rompimento com o Governo na reunião do próximo dia 29. Contudo, lideranças do partido que hoje indicam ou ocupam cargos no Governo Federal, como é o caso do deputado Marcelo Castro, atual ministro da Saúde, ainda tentam convencer Michel Temer a adiar a reunião para o dia 12 de abril, que é o prazo final estabelecido durante a convenção nacional, ocorrida no início deste mês.

Durante o encontro regional do PTB ocorrido no último sábado, 19, na Câmara Municipal de Picos, ficou evidente a preferência do partido em continuar a aliança com o PT e apoiar a reeleição do atual prefeito, José Walmir de Lima. O deputado estadual Nerinho e o ex-prefeito José Néri de Sousa, principais lideranças do partido em Picos, confirmaram isso na presença do presidente regional do PTB, senador Elmano Férrer e do ex-senador João Vicente Claudino. Agora fortalecido com o ingresso dos vereadores Irmão Zé Luís e Dalva Mocó, o PTB espera ter vaga garantida na chapa majoritária, indicando o candidato a vice-prefeito. Zé Néri, inclusive, anunciou alguns nomes que dentre os quais um será o escolhido para compor a chapa, sendo eles: o vereador Edilson Alves de Carvalho, o suplente de vereador Francisco das Chagas de Sousa, o Chaguinha, como também os novos integrantes da sigla, Dalva e Zé Luís.

O Diretório Municipal de Picos do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), enviou Nota de Esclarecimento onde nega a desfiliação dos quadros do partido do ex-vice-prefeito de Picos, Raimundo Neiva Eulálio, como foi anunciada na última quinta-feira, dia 17, durante as filiações do vereador Toinho de Chicá e do ex-vereador Chico de Chicá ao Partido Progressista (PP), que é liderado pelo ex-prefeito Gil Paraibano. Durante as filiações, o ex-vice-prefeito estava presente e posou para fotos, inclusive assinando uma ficha.  A nota (foto reproduzida ao lado), vem assinada pelo presidente do Diretório Municipal, Severo Eulálio Filho e pelo próprio Raimundo Eulálio.