O encontro entre o governador de São Paulo, João Doria, e o ex-ministro Sergio Moro na última quarta-feira (8) em São Paulo acabou tendo um efeito reverso ao pretendido. Em vez de se aproximarem, o encontro acabou afastando os dois. Segundo assessores dos dois candidatos, a conversa foi fria e protocolar. Falaram brevemente sobre um projeto para o Brasil, mas sem explicitá-lo. Mencionaram desemprego e pobreza, mas também sem maiores aprofundamentos. Não houve acerto de um novo encontro nem um acordo sobre critérios para afunilamento de nomes, tampouco discussão sobre um dos dois ceder a cabeça de chapa para o outro. Do lado de Moro, a avaliação foi a de que o encontro serviu para mostrar não haver a intimidade que se imagina entre ambos e que ele não pretende abrir mão de sua candidatura em nome de um projeto único de terceira via. Já do lado de Doria, houve incômodo com a falta de sinais claros de uma aliança e com o formato de encontro. O governador de São Paulo precisou ir até a residência de Renata Abreu, deputada federal e presidente do Podemos, partido de Moro. Levou a tiracolo o vice Rodrigo Garcia. Além disso, o encontro foi divulgado antes pela assessoria de Moro. (Com informações de Caio Junqueira, da CNN Brasil)
A Executiva Nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB) realiza no dia de hoje, 08 de dezembro, o Conselho dos Presidentes Estaduais do partido, que acontece no auditório Miguel Arraes da sede nacional da legenda em Brasília (DF). O ex-governador do Piauí, Wilson Martins, presidente estadual do PSB, está participando do encontro, que é dirigido pelo presidente nacional Carlos Siqueira e que conta ainda com a participação de lideranças como o ex-governador de São Paulo, Márcio França. Na pauta principal do evento está a organização do partido para as eleições gerais de 2022, com escolhas nos estados para os cargos de governador, senador, deputado federal e estadual. Em 2022, Wilson Martins já definiu que tentará uma vaga na Câmara dos Deputados.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) realiza nesta terça (7) e quarta-feira (8) a última reunião do ano para definir a taxa básica de juros, a Selic. Atualmente, a taxa está em 7,75% ao ano. Com a alta da inflação, a expectativa do mercado financeiro, consultado pelo BC, é que os juros básicos subam 1,5 ponto percentual para 9,25% ao ano. O atual ciclo de alta da Selic começou em março deste ano, quando a taxa subiu de 2% para 2,75% ao ano. A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia. É o principal instrumento do Banco Central para manter a inflação sob controle. O BC atua diariamente por meio de operações de mercado aberto – comprando e vendendo títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima ao valor definido na reunião. Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Ao reduzir a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica. (ABr)
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou hoje (3) a abertura de inquérito sobre a live do presidente Jair Bolsonaro, realizada em outubro, na qual foi compartilhada a informação sobre uma suposta relação entre as vacinas contra covid-19 e a Aids (síndrome da imunodeficiência adquirida, na sigla em inglês). No mesmo mês, a live foi retirada ao ar pelo Facebook por não existir essa relação. Na decisão, o ministro atendeu ao pedido de investigação feito pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia. Durante a tramitação do pedido, a Advocacia-Geral da União (AGU) argumentou que a CPI não tem capacidade postulatória e o presidente da República não pode sofrer medidas solicitadas pela comissão. A Procuradoria-Geral da República (PGR) também se manifestou no pedido e declarou que os fatos são objeto de apuração interna do órgão. (ABr)
Integrantes da campanha do ex-juiz Sergio Moro destacam que a estratégia no curto prazo é buscar se distanciar nas pesquisas dos candidatos da chamada terceira via para cada vez mais tentar se consolidar como o anti-Lula nas eleições de 2022. Nesse sentido, Moro deverá dizer nas conversas que terá com políticos que sua candidatura é pra valer e irá até o fim. Isso porque seus interlocutores já notaram que vem sendo levantado nos bastidores a possibilidade de ele desistir da candidatura presidencial em nome de uma composição com algum dos nomes da terceira via. Eles garantem, contudo, que isso não ocorrerá, que ele irá se candidatar, que é o que tem mais chances de derrotar Lula e que é o petista, e não Bolsonaro, seu principal alvo. Essa ideia inclusive já vem sendo feita nas suas redes sociais. De 30 posts publicados no último mês, dez são atacando Lula e nenhum atacando Bolsonaro. Há nessa estratégia a ideia de também atrair bolsonaristas arrependidos. A pré-campanha de Moro avalia que a mensagem que ele deve passar daqui em diante é de resgate de valores, algo que Bolsonaro usou nas eleições de 2018 mas, segundo aliados de Moro, não conseguiu entregar no seu mandato. Por isso, a linha da campanha de Moro até agora foi baseada nas teses bolsonaristas de 2018: reformas econômicas, liberalismo, segurança pública e, claro, combate à corrupção, que será sim sua principal bandeira. (Com informações de Caio Junqueira, da CNN Brasil)
O deputado estadual José Icemar Lavor Néri, o Nerinho (PTB) avalia convites de vários partidos. O mais recente partiu da direção regional do MDB. Mas o deputado pondera em razão da concorrência que teria na cidade de Picos, sua principal base eleitoral. No município, o MDB é dominado pelo deputado Severo Eulálio e o partido ainda conta em seus quadros com o deputado Pablo Santos, também com forte influência eleitoral na cidade, mesmo com seus liderados filiados a outras siglas. Sobraria pouco espaço para Nerinho. A única conclusão sobre o destino partidário é que o PTB já é página virada nos planos de Nerinho para 2022. (Com informações do colunista Elivaldo Barbosa)
O senador Marcelo Castro (MDB-PI) protocolou, nesta segunda-feira (29), o relatório sobre mudanças das emendas de relator. O texto não crava números, mas determina que o valor não ultrapasse a soma das emendas individuais e das emendas impositivas. As emendas de bancada impositivas, de acordo com dados do relatório, correspondem a 1% da receita corrente líquida e as emendas individuais impositivas, a 1,2% da receita corrente líquida. Atualmente, entre os tipos de emendas, as de relator têm superado as demais. Somente para este ano, a previsão chega a R$ 30 bilhões. Apesar de defender a trava, Castro não comprou briga com outros parlamentares para impor o valor exato de limite das emendas de relator. De acordo com o texto do senador, o valor máximo será definido na Comissão Mista Orçamentária (CMO), desde que respeitado o limite das outras emendas. A comissão deve se reunir na próxima semana. Nesta segunda, vários senadores ligaram para o relator para tirar dúvidas e apresentar sugestões. Para o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), as emendas de relator devem ser limitadas a 1% do total das despesas discricionárias da Lei Orçamentária Anual. Já para senadores, como Álvaro Dias (Podemos-PR), as emendas deveriam deixar de existir. (Com informações da CNN Brasil)
O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Davi Alcolumbre (DEM-AP), indicou ontem, 24, que o colegiado fará a sabatina do ex-advogado-geral da União André Mendonça, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para o Supremo Tribunal Federal (STF), na semana que vem, período do esforço concentrado designado pelo presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A data não foi anunciada, mas o comandante da CCJ deve anunciar um calendário nos próximos dias. O parlamentar do DEM também precisa designar o relator da indicação de Mendonça – oito senadores disputam a condição. Alcolumbre trava a sabatina de Mendonça há mais de quatro meses – ele foi escolhido por Bolsonaro no dia 13 de julho. No início da sessão, o presidente da CCJ se manifestou sobre o assunto e afirmou que tem a prerrogativa de elaborar a pauta do colegiado. (Com informações da Jovem Pan)