27/06/2016 - Jesika Mayara
Após mais de um mês de paralisação, os servidores da Agência Agropecuária do Piauí- Adapi suspenderem a greve da categoria até o dia 15 de julho, período em que esperam que suas reinvindicações sejam atendidas.
De acordo com o coordenador da Adapi de Picos, Gerlan Vieira de Sousa, com a suspensão os criadores que vacinaram seus rebanhos devem procurar a agência até a quinta-feira, 30, para realizar a certificação munidos da nota fiscal da vacina.
“A greve aconteceu em meio à primeira etapa de vacinação contra aftosa, com isso os criadores que vacinaram seu rebanho não estavam conseguindo realizar a certificação. Após retornar as atividades, solicitamos ao Ministério da Saúde que prorrogasse o período de certificação, que segue até esta quinta-feira”, explicou.
O coordenador lembrou que o período segue apenas para a certificação, uma vez que o criador que não vacinou seu rebanho poderá ser multado.
Índices
“Até a semana passado o índice de vacinal no Estado estava a abaixo de 30%, aqui na USAV de Picos ele estava abaixo de 20%. Esse processo de certificação ficou prejudicado, acredito que os criadores tenham cumprido com a sua obrigação de vacinar o rebanho e com a volta dos trabalhos a normalidade as certificações poderão ser realizadas”, relatou Gerlan.
Para ser continuar com o status de Livre de Aftosa com Vacinação, o Piauí deve vacinar acima de 90% do seu rebanho bovino. Nas acompanhas passadas os índices registrados foram superiores ao preconizado pelo Ministério da Saúde.
Reivindicações
Dentre as reinvindicações da categoria estão à exclusão da Adapi na Lei de Enquadramento (Lei 6772 de 18 de março de 2016). De acordo com o coordenador da Adapi de Picos, a lei prejudica o serviço público e impede que o servidor tenha progressões na carreira.
“Essa lei foi criada para renegociar as dívidas dos estados, mas dessa forma o servidor acaba sendo prejudicado. Outras reinvindicação são as melhorias das condições de trabalho, ocupação dos cargos técnicos por profissionais técnicos e não por indicações politicas”, explicou.
Além disso, a categoria reivindica melhores condições de trabalho e melhor estruturação das Unidades de Saúde Animal e Vegetal.
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