22/10/2020 - Redação
O senador Arolde de Oliveira, do PSD do Rio de Janeiro, morreu na noite da quarta-feira, 21 de outubro, após contrair a Covid-19. A informação foi confirmada pelas páginas oficiais do senador nas redes sociais. Ele tinha 83 anos e estava no cargo desde fevereiro de 2019.
“Comunicamos que nesta noite (dia 21 de outubro) o Senhor Jesus recolheu para si nosso amado irmão, Senador Arolde de Oliveira. Falecido vítima de Covid e como consequência a falência dos órgãos. A família agradece o carinho e orações. Mais informações à posteriori”, consta na mensagem publicada na página oficial do parlamentar.
Arolde de Oliveira faleceu por volta das 21h desta quarta-feira, no Hospital Samaritano, em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro. Ainda não há informações sobre velório, cremação ou sepultamento.
Ele estava internado havia mais de 15 dias no local e, segundo colegas de partido, tinha apresentado sinais de melhora. Saiu do CTI e foi levado para o quarto, quando houve esperança de cura. No entanto, ele piorou, voltou para a terapia intensiva, onde foi entubado, e não resistiu.
A família do senador tratou o período de internação de forma discreta, e a doença só foi descoberta pelo menos uma semana depois.
O deputado federal Hugo Leal (PSD) disse que ele, os companheiros de partido e familiares ficaram surpresos.
“Ele se recuperou bem e tínhamos certeza, mas certeza de que ele sairia dessa. Confiávamos muito, mas ele piorou bastante de repente. Ele tinha ficado com sequelas da Covid-19 e precisou ser entubado, mas os efeitos da doença em si já tinham passado, eram desdobramentos”, afirmou o parlamentar.
O senador Arolde de Oliveira é o quarto político de expressão do Rio de Janeiro a morrer vítima da Covid-19. Antes dele morreram os deputados estaduais Gil Vianna (PSL) e João Peixoto (DC) e o prefeito de Duas Barras, na Região Serrana, Luiz Carlos Lutterbach (PP).
Perfil
Antes de chegar ao Senado, Arolde foi deputado federal por nove mandatos, entre 1983 e 2019.
Nas últimas eleições, se candidatou a senador, conquistando a segunda vaga pelo Rio de Janeiro com 2,3 milhões de votos, o equivalente a 17,06% dos votos. Ele superou por menos de 1% aquele que era o favorito para a vaga no início da campanha, o ex-prefeito César Maia (DEM), que ficou com 16,67% em 3º lugar.
A primeira ficou com o filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o então deputado estadual Flávio Bolsonaro (que estava filiado ao PSL, hoje pertencendo ao Republicanos).
Fonte: CNN