14/07/2016 - Jesika Mayara
O ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, disse que o governo do presidente em exercício, Michel Temer, lançará em agosto um programa que atenderá semanalmente cerca de 4 milhões de crianças de zero a três anos de idade contempladas pelo Bolsa Família.
“No início da vida é o período em que se desenvolvem as competências humanas. Queremos uma criança com melhor escolaridade e com renda maior que a de seus pais”, afirmou o ministro sobre a nova proposta para o Bolsa Família ontem (13) depois de participar da posse do novo presidente do INSS, Leonardo Gadelha.
O programa prevê que gestantes e crianças das 14 milhões de famílias que recebem o benefício do governo federal sejam acompanhadas toda semana por visitadores capacitados. Os visitadores terão formação em pedagogia, assistência social e enfermagem, e devem ser treinados pelo governo federal para fazer o atendimento. “A visita familiar resolve uma série de problemas, principalmente os que afetam as crianças”, afirmou o ministro.
A estimativa é que a nova proposta comece com 10% dos beneficiários do programa ainda neste ano, aumente para a metade no ano que vem e atinja a totalidade em 2018.
Terra disse que o governo Temer fez “das tripas o coração” para garantir o reajuste de 12,5% no valor do benefício. Mas que o Bolsa Família não pode ser uma “opção de vida”. Para incentivar a “emancipação” dessas famílias, o governo federal pensa em dar um “prêmio” para os prefeitos que conseguirem aumentar o número de pessoas que deixam o programa.
Entenda o programa
O Bolsa Família é um programa de transferência direta de renda direcionado às famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza – com renda mensal entre R$ 85,01 e R$ 170,00 por pessoa – em todo o País.
A proposta do programa é fazer com que essas famílias consigam superar a situação de vulnerabilidade e pobreza, garantindo a elas o direito à alimentação e o acesso à educação e à saúde.
Em todo o Brasil, mais de 13,9 milhões de famílias já são atendidas pelo programa de transferência de renda criado em 2004 durante o governo do ex-presidente Lula.
Diário do Povo