26/07/2016 - Jesika Mayara
Mais um caso de maus tratos a animais volta ser registrado em Picos, onde oito cachorros e um gato foram envenenados, no povoado Angico Torto, zona rural do município.
Na manhã desta terça-feira, 26, a moradores procuraram a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos para denunciar o massacre que chocou os vizinhos.
“O crime aconteceu do sábado pro domingo. Mamãe colocou a comida e água pros cachorros por volta de oito da noite, assim fomos dormir. Quando o dia amanheceu mamãe foi e ficou chamando os cachorros e em seguida disse que eles haviam morrido. Quando fui ver estava um dos cachorros com um pedaço de carne, ele não chegou nem comer o pedaço de carne todo, já um outro cachorro, estava se esvaindo em sangue”, disse a proprietária dos animais Maria do Socorro.
Ainda segundo Socorro, em sua casa três cachorros foram envenenados e na casa dos vizinhos outros animais também foram mortos. “Lá os animais também estavam amarrados. Estamos tendo suspeita de uma pessoa, mas ninguém pode dizer, pois não temos provas. Viemos denunciar, pois uma pessoa que faz uma barbaridade com um bruto faz com um ser humano”.
A moradora disse que os animais eram mansos e que nunca atacaram ninguém, além disso, desconhece a motivação do crime.
De acordo com o fiscal da secretaria de meio ambiente, João Carlos, providências serão tomadas no sentido de identificar o autor do crime.
“Após a denúncia vamos colher as fotos e ir até o local, a título de comprovação vamos ouvir testemunhas para saber se houve algum boato ou relato de alguém que já tenha feito algum tipo de ameaça nesse sentido. O autor do crime será multado”, explicou o fiscal.
Se for identificado o infrator será mais fácil lavrar o ato de autuação e encaminhar o processo ao Ministério Público para que seja feito um processo criminal na justiça comum. Caso o mesmo não seja identificado, irá dificultar o trabalho da investigação.
Dados da secretaria apontam que de janeiro a julho, os crimes de maus tratos a animais tem aumentando em comparação ao ano de 2015, onde a maioria dos casos envolve envenenamento ou crime por arma de fogo.
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