Picos(PI), 21 de Setembro de 2024

Matéria / Saúde

Piauí registra 240 novos casos de hepatite

O maior índice de notificações foi em pessoas da faixa etária 20 a 34 anos de idade

28/07/2016 - Jesika Mayara

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A Secretaria Estadual de Saúde, por meio da Gerência de Vigilância e Atenção à Saúde, divulgou nesta quarta-feira (27) boletim epidemiológico das hepatites do Piauí. O estudo aponta que somente em 2015 o estado registrou 240 novos casos da doença. O levantamento detalha que do total, 29 foram identificados como hepatite do tipo A, 45 como hepatite B, 66 da hepatite C e um caso do tipo B+C. Os demais ainda estão em investigação. 

O número registrado  no ano passado é menor que os notificados em 2014, que foram 281 casos. Segundo o Boletim, entre os anos de 2010 e 2015 doença prevaleceu no sexo masculino, com 146 casos e no sexo feminino, 117.  O maior índice de notificações foi em pessoas da faixa etária  20 a 34 anos de idade.

A gerente de Vigilância em Saúde, Miriane Araújo, destaca que as informações presentes no boletim subsidiam o planejamento e o aprimoramento das ações de atenção da doença. 

“Ajudam na prevenção e vigilância das hepatites virais no Piauí, bem como apontam a necessidade de aperfeiçoamento da qualidade das informações em saúde à luz dos critérios preconizados e também de esclarecer a população sobre a necessidade do combate as hepatites virais”,disse .
Diagnóstico e tratamento

Em Teresina, a realização de testes que diagnosticam as hepatites B e C é feito gratuitamente, no Centro de Testagem e Acolhimento(CTA), que funciona na Rua 24 de Janeiro, de segunda a quinta-feira, das 8h às 12h45 e nas sextas, de 8h às 11h, e das 11h as 13h expediente interno.
Com o diagnóstico positivo-reagente, o tratamento das hepatites pode ser feito no Hospital de Doenças Tropicais Natan Portela e Centro Integrado de Saúde Lineu Araújo.  Já o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Piauí (HEMOPI) acompanha exclusivamente os casos de B e C.


Hepatite A

É a hepatite mais comum. Geralmente é assintomática em crianças, mas geralmente sintomática em adultos. A transmissão transmitida por água e alimentos contaminados ou de uma pessoa para outra. A detecção da hepatite A se faz por exame de sangue e não há tratamento específico, esperando-se que o paciente reaja sozinho contra a Hepatite A. A melhor maneira de evitá-la se dá pelo saneamento básico, tratamento adequado da água, alimentos bem cozidos e pelo ato de lavar sempre as mãos antes das refeições.


Hepatite B
Do ponto de vista clínico é bem tolerada, assim como a hepatite A, mas pode acarretar consequências para o organismo e para o fígado e outros órgãos anexos (hepatite crônica, cirrose, hipertensão do sistema venoso portal, hiperesplenismo, etc). O indivíduo se contamina por tatuagens ou relações sexuais com indivíduos portadores do vírus. De um modo geral, cerca de 90% dos infectados pelo vírus da Hepatite B se recuperam de sua fase aguda e os restantes 10% sofrem consequências graves.


Hepatite C
É transmitida por via sanguínea, não havendo evidências seguras de sua transmissão salivar ou pelo sêmen. Suas manifestações ocorrem entre duas semanas a seis meses. Em 45% dos pacientes a hepatite C torna-se crônica e metade deles evoluem para cirrose, se não tratados a tempo. A exemplo da Hepatite B, a hepatite C também pode levar ao câncer hepático após longos anos de evolução. Sua mortalidade se associa mais às mulheres.

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