27/07/2021 - Jesika Mayara
O senador Ciro Nogueira (PP-PI) se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na manhã desta terça-feira (27). Pelas redes sociais, ele confirmou que assumirá o cargo de ministro-chefe da Casa Civil e disse que buscará "equilíbrio" e "avanços".
"Acabo de aceitar o honroso convite para assumir a chefia da Casa Civil, feito pelo presidente Jair Bolsonaro. Peço a proteção de Deus para cumprir esse desafio da melhor forma que eu puder, com empenho e dedicação em busca do equilíbrio e dos avanços de que nosso país necessita", escreveu o senador.
A reunião confirma a reforma ministerial anunciada por Bolsonaro na última semana. Com a confirmação, Ciro deverá buscar reconciliação com o Judiciário e se tornar um novo interlocutor entre o Executivo e o Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo informações do analista de política da CNN Caio Junqueira, Ciro terá aval político para as negociações em nome do governo com o Congresso, Judiciário e partidos.
O encontro entre Ciro e Bolsonaro deveria ter ocorrido na tarde desta segunda-feira (26), no entanto, o senador, que estava no México, enfrentou problemas técnicos com o voo e a data da reunião foi alterada.
Atualmente, quem ocupa o posto de ministro-chefe da Casa Civil é o general Luiz Eduardo Ramos. A confirmação de Ciro na Casa Civil é apenas uma parte da reforma ministerial de Bolsonaro.
Com a saída de Ramos do atual posto, ele deve ser realocado para a Secretaria-Geral da Presidência, atualmente chefiada por Onyx Lorenzoni. Lorenzoni, que já ocupou o cargo de ministro-chefe da Casa Civil, assumiria uma versão recriada da pasta do Trabalho, sob o nome do Ministério do Emprego e Previdência.
Na última semana, Bolsonaro afirmou que a aproximação do governo com o Centrão se dá "pela governabilidade" e que o nome atribuído aos partidos políticos de Centro é "pejorativo".
Ele ainda disse que o PP passa a ser uma possibilidade de filiação para uma provável disputa das eleições em 2022. Bolsonaro está há mais de um ano sem partido e já foi filiado ao PP.
Fonte: CNN