Picos(PI), 22 de Novembro de 2024

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Morre aos 65 anos artista plástico Tácito Ibiapina

O artista plástico picoense realizou exposições de arte em vários países

25/08/2016 - Jesika Mayara

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b58055216cb674efce012c001374.jpg Tácito Fontes de Moura Ibiapina (Foto: Cristina Varão)
b58055216cb674efce012c001374.jpg Tácito Fontes de Moura Ibiapina (Foto: Cristina Varão)

Morreu na noite desta quarta-feira, 24, o artista plástico picoense Tácito Fontes de Moura Ibiapina, de 65 anos, que sofria com problemas respiratórios. O artista estava internado no Hospital Memorial do Carmo.

Seu corpo está sendo velado no salão da Funerária Santa Ana, onde amigos e familiares dão o último adeus ao renomeado pintor conhecido em vários países.

De acordo com a irmã de Tácito, Giseuda Lopes, o velório segue até as 16h00, em seguida acontecerá a missa de corpo presente na Catedral de Nossa Senhora dos Remédios. Seu corpo será sepultado no Cemitério São Pedro de Alcântara.

Perfil

Tácito Ibiapina expos em galerias de arte de todo país, e tem no currículo mais de 63 exposições individuais e 55 exposições coletivas. O artista possui obras em acervos particulares na Alemanha, Estados Unidos, Canadá, França, Espanha, Suíça, Holanda, Japão, Argentina, Grécia, México, Itália, Portugal, Inglaterra entre outros.

Nascido em  1950, dividiu-se atualmente entre sua cidade natal, Picos, e Brasília, onde tinha seu ateliê. Tácito vivia em Picos há aproximadamente 12 anos, onde tinha um ateliê na Rua São José, com um acervo de obras próprias e de artistas de todo o Brasil.

 Tácito Fortes de Moura Ibiapina por toda a sua infância e adolescência, teve como panos de fundo as casas pobres de pau-a-pique, os fogões de lenha, os engenhos, as farinhadas, os bichos do quintal, as flores, as goteiras nos telhados e a luz do sertão, sempre ensolarado e morno.

Nos anos setenta transferiu-se para a cidade satélite de Taguatinga, no Distrito Federal, onde produziu suas primeiras telas com espátulas, ao invés de pincéis, técnica que até hoje utiliza em seus trabalhos. Seu estilo é chamado por alguns críticos de “impressionismo rural”.

Os resultados alcançados por este autodidata não poderiam ser melhores. Tal foi a aceitação dos seus temas, do seu estilo e da abrasadora luminosidade impregnada em cada uma de suas obras que já em 1973 era convidado a realizar sua primeira Exposição Individual, no saguão do Aeroporto Internacional de Brasília.

Daí em diante, sua arte retratou as reminiscências e os atavismos da vida simples do interior, nutrindo cada tela com os sonhos jamais esquecidos do passado, o que talvez explique o segredo do seu sucesso, no país e no exterior, onde possui obras em acervos particulares.

Sua pintura inconfundível retrata a simplicidade sertaneja, com raios de luz penetrando nas casinhas cor de telha, onde há sempre um alpendre florido voltado para o fundo de quintal.

Credito: Arquivo

Credito: Arquivo

 

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