20/03/2022 - Redação
A Associação dos Docentes da Universidade Federal do Piauí (ADUFPI) informou neste sábado (19) que a categoria aprovou para a próxima segunda-feira (23) um indicativo de greve em busca de reajuste salarial, que não é concedido desde 2017.
Uma assembleia geral foi realizada na sexta-feira (18), onde a categoria discutiu o assunto e a maioria decidiu por um indicativo de greve, já que as negociações, que acontecem desde janeiro com o governo federal, não estão dando o resultado.
A Adufpi informou que desde 2017 não é realizado um reajuste e que as perdas salariais seriam de mais de 10% somente em 2021. Segundo a categoria, os servidores públicos federais estariam com uma defasagem de 49,28% nos seus vencimentos.
O acordo que a categoria quer do governo federal é uma recomposição salarial de 19,99%, e afirmou que o valor é possível já que outras categorias foram beneficiadas.
“Apesar de alegar falta de recursos e contexto pandêmico, ainda em 2021 o governo reservou R$ 1,7 bilhões para reajuste salarial de policiais federais, policiais rodoviários federais e agentes penitenciários. Os fins eleitoreiros da medida, fortalecendo sua base, são evidentes”, criticou a Adufpi em nota.
No próximo dia 21 de março uma reunião com setores do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior será realizada, onde a possibilidade de deflagração da greve deve ser discutida.
Nota da ADUFPI
Em Assembleia Geral com a categoria ocorrida na tarde desta sexta-feira, 18 de março de 2022, a Associação dos Docentes da Universidade Federal do Piauí – ADUFPI, aprovou por ampla maioria de votos o indicativo de greve previsto para o próximo dia 23 de março deste ano em razão da reposição salarial emergencial das servidoras e servidores públicos.
A categoria reivindica a reposição das perdas salariais acumuladas de 2020 a 2021, ao qual soma-se 19,99% de inflação. Sem reajuste desde 2017 e com perdas salariais desde 2011, as servidoras e os servidores acumulam uma defasagem nos salários de pelo menos 49,28%. Essas tratativas acontecem desde o início do ano, já no mês de janeiro quando servidoras e servidores públicos federais protocolaram no Ministério da Economia um documento com diversas reivindicações para o Governo Federal, incluindo o reajuste emergencial de 19,99% para todas as categorias.
O Vice Presidente da ADUFPI, Professor Alexandre Medeiros destaca que “ o que apreciamos hoje em assembleia junto à categoria docente foi a aprovação do indicativo de greve das servidoras e servidores públicos federais. A partir disso, na segunda-feira, dia 21 de março, teremos uma reunião dos setores do ANDES – Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior, no qual este resultado será apresentado e discutido.
Entenda as reivindicações
Com os salários congelados desde 2017 e perdas salariais de mais de 10% somente em 2021, os SPF acumulam uma defasagem de 49,28% em seus vencimentos. A demanda acordada, entretanto, é lutar por 19,99% de recomposição – referentes aos índices inflacionários do governo Bolsonaro.
Apesar de alegar falta de recursos e contexto pandêmico, ainda em 2021 o governo reservou R$ 1,7 bilhões para reajuste salarial de policiais federais, policiais rodoviários federais e agentes penitenciários. Os fins eleitoreiros da medida, fortalecendo sua base, são evidentes. Para as demais categorias, entretanto, Bolsonaro pediu “compreensão”.
Bárbara Rodrigues
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