Picos(PI), 23 de Novembro de 2024

Matéria / Geral

Sem avanço nas negociações, greve dos bancários completa 14 dias

A paralisação tem provocado longas filas no autoatendimento e em loterias

20/09/2016 - Jesika Mayara

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925aed481cc056a9e5473feb3281.jpg Longas filas nos caixas de atendimento (Foto: Karynne Katiuzia)
925aed481cc056a9e5473feb3281.jpg Longas filas nos caixas de atendimento (Foto: Karynne Katiuzia)

A greve dos bancários continua em todo o país, chegando ao 14º dia de paralização e sem data marcada para nova rodada de negociação. Com o mínimo de funcionamento de 30% das agências bancárias, longas filas se formam nos espaços de autoatendimento, assim como nas lotéricas e correspondentes bancários.

Nas Casas Lotéricas as longas filas também são uma realidade. De acordo com Leonardo Silva,  que trabalha como caixa de uma Loteria no centro da capital foi verificado um aumento na movimentação desde o início da paralização dos bancários. “Não temos ainda como mensurar o quanto aumentou a movimentação, mas percebemos mais pessoas nas filas desde o começo da greve”, disse.

Para amenizar os transtornos causados por conta da paralisação, algumas instituições, a exemplo do Banco do Brasil, estão dispondo de um funcionário da área de autoatendimento das agências para orientar os usuários e informá-los sobre a possibilidade de solicitar o aumento do seu limite bancário para saque e pagamento de boletos para até R$ 3 mil, de acordo com o perfil de cada cliente.

Está difícil um consenso entre a categoria e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).  Na última reunião, a Fenaban manteve a proposta de pagamento de parte do reajuste em forma de abono, condição rejeitada por unanimidade em assembleia geral dos bancários.

“O que nos está sendo apresentado não corrige nem as perdas com a inflação e o abono, pago de uma única vez, não representa um ganho real. Pagamos uma conta e pronto, acabou. Não aceitamos apenas isso”, reclamou o presidente do Sindicato dos Bancários no Piauí, Arimatéa Passos.

Os bancários estão reivindicando reposição salarial seguindo o índice de inflação do período de 9,62%, mais 5% de aumento real. A Fenaban apresentou proposta de reajuste de 7%, mais um abono de R$ 3.300 pago de uma única vez.

Além da questão salarial, os bancários reivindicam melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e também pedem mais contratações.

Atendimento

Em nota, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) lembra que os clientes podem utilizar os caixas eletrônicos para agendamento e pagamento de contas (desde que não vencidas), saques, depósitos, emissão de folhas de cheques, transferências e saques de benefícios sociais.

Nos correspondentes bancários (postos dos Correios, casas lotéricas e supermercados), é possível também pagar contas e faturas de concessionárias de serviços públicos, sacar dinheiro e benefícios e fazer depósitos, entre outros serviços.

G1

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