Picos(PI), 24 de Novembro de 2024

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Professora da Uespi é nomeada para equipe de transição do governo Lula

17/11/2022 - Jesika Mayara

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P40G-IMG-84819cbc4a2826b04e.jpg (Foto: Reprodução)
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A pesquisadora negra ativista e professora da Universidade Estadual do Piauí (Uespi), Iraneide Soares da Silva, foi nomeada para a equipe de transição do governo Jair Bolsonaro para o governo Lula. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (16) pelo vice-presidente eleito Geraldo Alckmin.

“Nós já atuávamos nos bastidores da transição, digo nós porque estou presidenta da Associação Brasileira de Pesquisadores Negras, então de repente veio o convite para fazer parte oficialmente da comissão. E partindo do estado que mais deu votos ao presidente Lula nos dois turnos, se faz muito importante essa representação”, afirmou a professora.

Iraneide é natural de Pernambuco, mas mora no Piauí há 13 anos e é professora da Uespi há 10 anos. Ela é doutora em História Social pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), mestra em Educação pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e graduada em História pelo Uniceub (DF).

Além disso, também é integrante do Núcleo de Estudos e Pesquisas em História e Memória da Escravidão e do Pós-Abolição da Uespi.

O processo de transição está previsto na legislação e permite que o presidente eleito forme uma equipe com 50 cargos remunerados. A equipe de Lula foi dividida em 31 grupos técnicos divididos por temas. A doutora Iraneide irá atuar na área de Ciência e Tecnologia.

“Essa área de pesquisa e ciência não é um lugar que as pessoas pretendem ver pessoas negras. Mas nós ocupamos esses espaços também e por meio dele buscamos a representatividade para nossas pautas e lutas. É muito importante esse reconhecimento por parte do governo Lula”, explicou a doutora Iraneide.

No campo do ensino e da pesquisa, Iraneide tem atuado especialmente nos temas de educação para as relações étnico-raciais. Recentemente, segundo a professora, tem pesquisado sobre histórias e trajetórias de mulheres negras afroatlânticas e cidades negras do séc. XIX e políticas de ações afirmativas.

Fonte: G1 Piauí

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