Picos(PI), 22 de Novembro de 2024

Matéria / Educação

Redação do Enem 2016 fala sobre intolerância religiosa no Brasil

Para o professor Samuel Souza o tema fugiu do padrão do INEP

06/11/2016 - Jesika Mayara

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a1fd88858585e29f0cac5c7867b0.jpg (Foto: Reprodução)
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O tema da redação do Enem 2016 é "Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil”. Ele foi divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) no início da tarde deste domingo (6).

O Inep usou seus perfis oficiais no Twitter e no Facebook para divulgar o tema da redação. Os mais de 8 milhões de candidatos deverão fazer um texto de até 30 linhas com uma proposta sobre o problema.

No Enem, a prova de redação apresenta uma situação-problema e, a partir dela, o candidato deve construir um texto argumentativo. Ele deve conter, obrigatoriamente, uma proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos, para o problema apresentado.

Professor diz que tema da redação é "polêmico" e foge do padrão do INEP

O professor de redação Sammuel Souza falou sobre o tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano: intolerância religiosa. Segundo ele, o assunto é polêmico e foge ao padrão adotado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). 

"É um tema que foge ao padrão adotado pelo Inep, é sem dúvida mais delicado e vai exigir mais cuidado dos candidatos, que terão que ter atenção para os direitos humanos", explicou. 

Segundo ele, o tema é mais complexo do que o adotado nos anos anteriores e quebra uma sequência ligada a questões sociais e de minorias. Em 2012, o tema foi o movimento migratório no Brasil no século XXI.  Em 2013, os alunos tiveram que dissertar sobre os efeitos da implantação da Lei Seca. No ano seguinte, a publicidade infantil foi o tema adotado. Já no ano passado, a violência contra a mulher foi o assunto discutido na prova. 

"[A intolerância religiosa] foi um tema discutido em sala de aula, mas não foi um assunto destacado como possível tema da redação, porque não segue o padrão dos últimos anos. Os assuntos foram questões de minorias, como o assunto dos imigrantes no Brasil e da violência contra a mulher, questões mais sociais, não era algo tão esperado", disse. 

Fonte: Cidade Verde

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