(Foto: Renato Andrade/Cidade Verde)

(Foto: Renato Andrade/Cidade Verde)

A  Polícia Civil do Piauí investiga um caso de um homem que estava se passando por mulher para marcar encontros amorosos, dopar e praticar o crime de estupro.

Os casos ocorreram na cidade de Luís Correia, no interior do estado, e até agora foram identificadas duas vítimas do sexo masculino. A delegada Júlia Leite, que preside a investigação, disse que foi apreendido um celular na casa do investigado durante mandado de busca e apreensão. 

"O investigado se apropriou de fotos de perfis do Instagram de uma mulher e começou a se passar por ela nas redes sociais. Ele abordava homens no WhatsApp usando a foto dessa mulher, ou se passando por ela, ou se passando de amigo dela, manifestando interesse em encontrar esses rapazes. Só que essa mulher não sabia de nada. Esse mesmo investigado já havia cometido a mesma prática em anos anteriores", explica Júlia Leite. 

Em um dos casos, o investigado teria se passado pela mulher e marcado um encontro amoroso com um rapaz. "Só que na verdade, ao chegar lá, esse rapaz teria sido dopado e vítima de  estupro. Isso teria sido em 2021, mas o caso só foi denunciado agora quando o investigado voltou a usar a foto dessa mulher e o rapaz se encorajou e denunciou", conta a delegada. 

Outra ação criminosa semelhante atribuída ao investigado é de 2019 e teria se utilizado de um disfarce [fantasia sexual] para enganar a vítima e cometer o crime de violação sexual mediante fraude. 

"Os fatos são de anos anteriores, mas a investigação é de agora. A mulher denunciou agora nas redes sociais, em forma de alerta, porque ele está se passando por ela novamente. Com isso, um dos rapazes que foi vítima viu e se encorajou a denunciar na Polícia. A gente não descarta a possibilidade de ter novas vítimas. Como é um crime sensível, nem todo mundo tem coragem de falar", explica a delegada. 

Durante o cumprimento do mandado, nesta quarta-feira (28), foi apreendido um aparelho celular que será periciado. Ele pode responder pelos crimes de estupro de vulnerável e violação sexual mediante fraude. 

Cidade Verde