25/11/2016 - Jesika Mayara
O Piauí é o segundo estado com os maiores aumentos de mortes violentas de jovens entre 15 e 24 anos por causas violentas, ou seja, não naturais, no período de 2005 a 2015. No levantamento, entre homens a alta foi de 171,4% e entre mulheres (71,4%). Os dados fazem parte das Estatísticas do Registro Civil 2015, divulgadas na quinta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os dados levam em conta óbitos de jovens por causas violentas, como acidentes de trânsito, afogamentos, suicídios, homicídios, quedas acidentais, entre outros.
O Piauí só perde para o Sergipe, que registrou um aumento de 179,45%. No ano passado, 232 jovens morreram por causas violentas somente em Teresina.
Segundo a pesquisa, as mortes violentas de jovens cresceram na maioria dos estados do Norte e do Nordeste entre 2005 e 2015. As exceções são Acre, Amapá e Pernambuco.
O estudo mostra que os óbitos de jovens por causas violentas tiveram redução nos estados da região Sudeste, Sul e Centro-Oeste.
As quedas mais significativas nesses índices foram registradas no Rio de Janeiro, Distrito Federal, São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo e Acre, segundo o IBGE. No Rio de Janeiro, caiu 37,5% entre os homens e 40,8% entre as mulheres; em São Paulo, caiu 33,1% entre homens e 32,7% entre mulheres. No Acre, a queda entre mulheres foi de 50%.
Mais dados sobre violência
Teresina é a 12ª capital do país em número de homicídios por arma de fogo, conforme estudo “Mapa da Violência 2016”. Foram 346 assassinados em 2014, ano mais recente que compõe os índices do levantamento. O mapa é coordenado pelo professor e sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, diretor de pesquisa do Instituto Sangari e coordenador da Área de Estudos sobre Violência da Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (FLACSO).
No Piauí, o índice que no ano 2000 era de 4,7 mais que triplicou em 2014. Foram 454 assassinatos por arma de fogo, um índice de 14,0. No entanto, apesar do aumento, o estado ocupa o 9º lugar do Nordeste e o 22º em relação a todo o país.
G1