Picos(PI), 23 de Novembro de 2024

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Termômetros devem bater recordes do ano no Brasil neste domingo

12/11/2023 - Jesika Mayara

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P40G-IMG-a968b04cd1adce66a2.jpeg (Foto: BRUNO ROCHA/ESTADÃO CONTEÚDO)
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Os termômetros de pelo menos três estados brasileiros devem bater recordes de temperatura do ano, neste domingo (12), em razão da onda de calor atípica para o mês de novembro que atinge o país.

O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) emitiu, na sexta-feira (10), um alerta vermelho de grande perigo para o Distrito Federal e os seguintes estados: São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia. A região Centro-Oeste será a mais afetada pela onda excepcional de calor.


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Nesses locais, de acordo com o aviso meteorológico, as temperaturas devem ficar 5°C acima da média histórica por período maior do que cinco dias. Portanto, o fenômeno deve durar pelo menos até a quarta-feira (15), com possibilidade de extensão.

Também foram emitidos alertas de perigo (laranja) e perigo potencial (amarelo) para baixa umidade, entre 30% e 12%, em partes do Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Ao todo, 1.138 municípios devem ser castigados pelas altas temperaturas.

Quais capitais podem bater recorde?

Segundo o Climatempo, três capitais podem registrar recorde de temperatura para o ano neste domingo:

• São Paulo (com previsão de 37°C, sendo a média para o mês de novembro 26,9°C)
• Curitiba (com previsão de 34°C, sendo a média para o mês de novembro 25°C)
• Vitória (com previsão de 37°C, sendo a média para o mês de novembro 28,7°C)

O que explica a onda de calor?
Esta é a quarta onda de calor apenas no segundo semestre deste ano. De acordo com os meteorologistas ouvidos pelo R7, existe a possibilidade de o Brasil estabelecer um novo recorde histórico de temperatura máxima.

Até então, a maior temperatura oficialmente medida no Brasil foi de 44,8°C, em Nova Maringá (MT), nos dias 4 e 5 de novembro de 2020, na fortíssima onda de calor da primavera, segundo os registros do Inmet.

A meteorologista Deise Moraes, do Inmet, afirma que alguns fatores explicam o calor excessivo e fora de época, como o El Niño (o aquecimento acima da média das águas do oceano Pacífico equatorial) e o aumento da temperatura global da superfície terrestre e dos oceanos.

"As ondas de calor são geradas por bloqueios atmosféricos que inibem a formação de chuvas e o avanço dos sistemas frontais. Com isso, há a incidência de raios solares mais intensos", acrescenta Moraes.

O El Niño dificulta, ainda, a formação de corredores de umidade e afeta a circulação de ventos em vários níveis da atmosfera, o que ajuda a manter o ar mais quente do que o normal sobre o Brasil, com chuvas que ocorrem de forma mais isolada.

R7

 

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