Picos(PI), 22 de Novembro de 2024

Matéria / Política

Dilma defende ministro Marcelo Castro

A presidente afirmou que a batalha contra o mosquito Aedes aegypti não está perdida.

28/01/2016 - Jesika Mayara

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d67eec9287580e712f08071d9ef3.jpg Presidente Dilma Rousseff (Foto: Reprodução)
d67eec9287580e712f08071d9ef3.jpg Presidente Dilma Rousseff (Foto: Reprodução)

A presidenta Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira (27), em Quito, no Equador, que a “batalha” contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como a dengue e as febres chikungunya e amarela, além do zika vírus, não está perdida. Dilma aproveitou para defender o trabalho do ministro da Saúde, Marcelo Castro, no combate ao mosquito.

Castro se tornou alvo de críticas em razão de declarações polêmicas concedidas à imprensa. O último episódio envolvendo o titular da Saúde gerou contrariedade no Palácio do Planalto, por conta da avaliação de Castro de que o país está perdendo a “guerra” contra o mosquito Aedes aegypti.

“A batalha não está perdida, não. Isso não é o que ele [Marcelo Castro] está pensando, nem o que ele disse. O que o ministro disse, é o seguinte: ‘se nós todos não nos unirmos, e se a população não participar, nós perderemos essa guerra’. Ele está absolutamente certo”, disse Dilma a jornalistas após discursar na cúpula de chefes de Estado e de governo da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribe (Celac).

Ao ser questionada sobre se está satisfeita com o ministro e sobre se ele está fazendo um “bom trabalho”, Dilma respondeu: “Ele domina bastante bem o assunto, e acho que ele vai ter um papel importante na reunião do Mercosul”, disse Dilma ao se referir ao encontro que os ministros da Saúde dos países que fazem parte do Mercosul terão na próxima semana, no Uruguai.

No Equador, Dilma já havia prometido “extremo empenho” do Brasil por parte do governo e afirmou que o objetivo deve ser acabar com os criadouros do mosquito Aedes aegypti.

Declarações polêmicas

Na última sexta-feira, durante seminário no Piauí, Marcelo Castro afirmou que o país vive “uma verdadeira epidemia” ao citar o Aedes egypti.

“Há cerca de 30 anos o mosquito vem transmitindo doenças para nossa população e, desde então, nós o combatemos, mas estamos perdendo a guerra contra Aedes aegypti”, declarou o ministro.

Nas palavras de um auxiliar direto de Dilma, a frase do ministro sobre o combate ao mosquito passa a imagem de que o governo não está conseguindo reagir não só a epidemia da dengue, mas, principalmente, ao avanço do zika vírus.

Na última segunda (26), após reunião no Palácio do Planalto com a presidenta Dilma Rousseff e outros cinco ministros, Castro disse que é preciso “vencer” a batalha contra o mosquito.

Desde que assumiu o comando do Ministério da Saúde, Marcelo Castro deu, além da história de o país estar perdendo a guerra para o Aedes Aegypti, três outras declarações que geraram constrangimento ao Palácio do Planalto.

Em novembro, ele disse que “sexo é para amadores, e gravidez é para profissionais”, referindo-se a planejamento familiar em tempos de microcefalia.

Cerca de 15 dias depois, ele declarou perceber que os homens se protegem do Aedes aegypti, mas as mulheres, “normalmente, ficam de perna de fora e quando usam calça, usam sandália”.

Há duas semanas, em uma conversa com jornalistas, ele disse que iria torcer para mulheres pegarem o Zika antes da idade fértil para ganharem imunidade antes de ser criada a vacina para o vírus.

Fonte: O Sul

 

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