Picos(PI), 23 de Novembro de 2024

Matéria / Política

Dispara reprovação do governo Temer, aponta Datafolha

Segundo pesquisa, 51% dos brasileiros consideram gestão do presidente ruim ou péssima, ante 31% em julho. Já 63% da população quer a renúncia do peemedebista ainda neste ano

11/12/2016 - João Paulo

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bcb034cfa1203e499fb2569e1b5e.jpg Presidente Michel Temer (Foto: Foto: Christopher Goodney/Bloomberg)
bcb034cfa1203e499fb2569e1b5e.jpg Presidente Michel Temer (Foto: Foto: Christopher Goodney/Bloomberg)

Uma pesquisa do Datafolha divulgada neste domingo (11/12) no jornal Folha de S. Paulo apontou que a popularidade do presidente Michel Temer despencou desde julho. Segundo o levantamento, 51% dos brasileiros consideram a gestão do peemedebista ruim ou péssima, ante 31% em julho.

Os que veem o governo de Temer como regular caiu de 42% - durante a interinidade do peemedebista - para 34% na pesquisa atual. O levantamento foi feito entre 7 e 8 de dezembro, antes de virem à tona novos detalhes da delação premiada da Odebrecht com menções a Temer.

O levantamento mostrou, ainda, que a maioria da população brasileira (63%) é a favor da renúncia de Temer ainda neste ano para que sejam realizadas eleições diretas. Os dados mostram ainda que 27% dos entrevistados afirmaram ser contra a saída do peemedebista para esse fim, 6% se declararam indiferentes e 3% não souberam responder.

Para que a população vá às urnas para votar em um novo presidente, seria necessário que Temer deixasse o cargo até 31 de dezembro. Se o peemedebista não deixar a presidência até o final deste ano, a eleição para os cargos de presidente e vice será feita indiretamente pelo Congresso, 30 dias depois.

A parcela da população que queria uma nova eleição direta em julho é a mesma que a atual. Na época, uma pesquisa apontou que 62% defendiam a renúncia de Dilma e Temer para que se realizasse um novo pleito direto; 30% foram contra; 4% não sabiam e 4% se declararam indiferentes.

Cai a confiança na economia

A confiança da população na economia também caiu. Para 66%, a inflação vai aumentar; 19% apostam que ficará como está e 11% preveem a queda do índice. Já o aumento do desemprego é esperado por 67%. Outros 16% disseram que diminuirá e 14% acham que ficará estável.

Em relação ao poder de compra, 59% dizem que vai diminuir; 20% que não se alterará, e 15% que aumentará. Para 65%, a situação econômica brasileira piorou nos últimos meses, e se manteve como estava para 25%. Já 9% afirmaram que houve melhora.

Quanto à situação pessoal do entrevistado, a percepção de piora recente corresponde a 50% dos brasileiros. Para 38%, ficou como estava e 10% disseram que melhorou.

No futuro próximo, 41% acreditam que a economia se deteriorará; 27%, que não se alterará e 28% apostam em melhora. Do ponto de vista pessoal, 27% aguardam pioras na própria situação econômica; 37%, melhoras; e 32% apostam em estabilidade.

O Índice Datafolha de Confiança caiu 98 pontos, em julho, para 87 - mesmo patamar registrado em fevereiro.

Para 40%, a gestão Temer é pior que de Dilma

Os números da pesquisa apontaram, ainda, que para 40% da população a gestão Temer é pior do que a de Dilma Rousseff. Para 34% é igual, e 21% a consideram melhor. Em abril, um mês antes da petista ser afastada no início do processo de impeachment, Dilma registrou reprovação de 63%.

O índice de ótimo/bom de Temer caiu de 14% em julho para os atuais 10%. Não souberam avaliar o governo 5% dos entrevistados.

Segundo o Datafolha, a população brasileira considera o presidente falso (65%), muito inteligente (63%) e defensor dos mais ricos (75%). Metade dos brasileiros vê Temer como autoritário, e 58% como desonesto.

De zero a dez, a nota média dada ao desempenho do governo Temer é 3,6.

O Datafolha ouviu 2.828 pessoas com 16 anos ou mais. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Fonte: Terra e DataFolha

 

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