31/01/2024 - Jesika Mayara
Apontada como responsável pelos surtos de Covid-19 no Ceará e no Piauí, a variante da Ômicron JN.1, pode ter sintomas diferentes das outras cepas, dependendo da imunidade do paciente. A JN.1 despertou atenção da OMS (Organização Mundial de Saúde) devido a facilidade de propagação.
O infectologista José Noronha disse que as evidências científicas mostram que a nova cepa (JN.1) tem facilidade de escapar do nosso sistema imunológico e por isso a preocupação. Ela, no entanto, não tem registro de doenças graves.
“Não é motivo para pânico. A gente está identificando o que suspeitava, que a variante responsável pelo surto no Ceará em novembro, que é predominante no País, provocou novo surto após festas no Piauí”, disse Noronha.
Para uma melhor compreensão, o infectologia fez uma comparação com o futebol.
“É como jogo de futebol. Estamos acostumados a jogar com aquele coronavírus antigo, costumados a jogar com o Delta e é como se ele fosse um time novo. O nosso organismo está se adaptando a ele. A gente não tem evidências de formas mais graves relacionadas a essa variante. Como a variante (JN.1) foge melhor do nosso sistema imunológico, ela consegue infectar mais e por isso o aumento de casos”, disse Noronha que é também membro do COE (Comitê de Operações Emergenciais).
José Noronha ressaltou a importância da vacinação, da higienização das mãos e o uso de máscara para o público alvo.
“Quando a gente tem uma adesão vacinal acima de 60% se consegue proteger e os surtos eventuais deixam de aparecer. Provavelmente será a nossa nova influenza, sempre que houve mudança de temperatura, principalmente no inverno, tem facilidade de infecções das vias aéreas e esses vírus podem aparecer”.
Lacen e Fiocruz investigam nova variante da Covid no Piauí após detectar a cepa JN.1
A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou no último dia 19 que está monitorando uma variante da cepa Ômicron da Covid-19, a JN.1. A mutação já foi detectada nos Estados Unidos, Reino Unido, China, Índia e alguns países da Europa, mas ainda não alerta as autoridades da saúde, que destacam que a vacina deve ser suficiente para combatê-la.
Os sintomas mais comuns da variante JN.1:
Coriza (31,1%);
Tosse (22,9%);
Dor de cabeça (20,1%);
Fraqueza ou cansaço (19,6%);
Dor muscular (15,8%);
Dor de garganta (13,2%);
Problemas para dormir (10,8%);
Preocupação ou ansiedade (10,5%).
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