13/01/2017 - Jesika Mayara
Houve um aumento de 16,9% no número de crimes ocorridos no interior do Piauí no ano de 2016. Esse e outros dados foram divulgados nesta quinta-feira (12) durante reunião para a elaboração do Plano Estadual de Segurança Pública do Piauí. A intenção do governo do estado é conhecer todas as regiões para adequar a atuação da polícia para cada caso.
"É preciso organizar a segurança por cada região, por cada cidade. Nós temos que parar e observar que a segurança em Bom Jesus não pode ser a mesma que é aplicada em Parnaíba. Não adianta ter uma polícia treinada para agir em conflitos agrários atuando em uma área de prostituição, por exemplo. Nosso plano de segurança atual é baseado em políticas da década de 70, ou seja, é muito antigo. Vamos usar a tecnologia de informação para avançar na segurança", disse a delegada Eugênia Vila, subsecretária de segurança.
O delegado João Marcelo, coordenador do Núcleo de Estatística e Análise Criminal (NUCEAC), realizou uma apresentação de alguns índices de criminalidade no Piauí referentes ao ano de 2016. Segundo os dados, foram registrados 363 homicídios em Teresina, sendo que 50% dos crimes ocorrerão em apenas 14 bairros. Ainda sobre a capital, foram roubados 2.470 veículos e 3.066 suspeitos foram presas somente na Central de Flagrantes.
Sem esmiuçar, João Marcelo informou que houve um crescimento de 16,9% no numero de crimes no interior do Piauí. O índice de homicídios por 100 mil habitantes no estado ficou em 21,6.
"Nós vamos elaborar um mapeamento de dados criminais, para analisar todos os dados que temos. Queremos saber se há uma ligação entre as festividades no estado e os índices criminais, porque, por exemplo, uma das épocas com maiores índices de crimes é no mês de Junho, será que isso tem a ver com nossas festas juninas?", falou Eugênia Vila.
A subsecretária de segurança disse ainda que o Plano de Segurança deve conhecer a realidade de todos os municípios do Piauí, para que o trabalho e treinamento da polícia seja adequado para as particularidades de cada região.
"Temos que conhecer todas as comunidades que existe no Estado. Eu nem sabia que existiam comunidades indígenas e quilombolas no Piauí. E eu tenho consciência que a segurança do estado não está preparada para assegurar a vida destas pessoas com melhor qualidade, então precisamos treinar nossa segurança", finalizou.
Fonte: G1