23/09/2024 - Jesika Mayara
A empregada doméstica, Lidiane dos Santos Silva, 40 anos, morreu nesta segunda-feira (23), após ser agredida pelo marido no riacho Siriema, na zona rural de Lagoa do Piauí (a 40 km de Teresina), e passar por atendimento médico em dois hospitais em Teresina.O casal é do povoado Baixa Grande em Monsenhor Gil (há cerca de 20 km do riacho) e foi para o local acompanhado de amigos e familiares. Lá, eles teriam se desentendido e o marido, identificado como José Carlos, começou a agredi-la. Ele teria ido embora, a deixado no riacho machucada.
A vítima foi socorrida por familiares e encaminhada para a Unidade Mista Dr. Helvídio Nunes de Barros, no final da tarde de ontem em Monsenhor Gil. Ela foi regulada para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT) onde fez exames de imagem e teve na madrugada. Mas, hoje pela manhã ela passou mal e encaminhada para UPA do Promorar onde sofreu uma parada cardiorrespiratória.
"O que foi relatado que ela sofreu agressão e por conta disso ela foi levada ao Hospital de Monsenhor Gil e foi para o HUT. Ela passou por tomografia e raio-x, foi atendida pelo médico consciente e andando com suas próprias pernas. Por volta da meia-noite ela recebeu alta do HUT e foi levada para a casa de uma irmã, em Teresina", conta Lucas da Silva, sobrinho da vítima.
Já na manhã de hoje(23), Lidiane começou a passar mal, ela relatou dores abdominais e dificuldade para respirar e foi levada pelos familiares para a Unidade de Pronto Atendimento do bairro Promorar, na zona Sul de Teresina.
"Hoje, quando fui buscá-la na casa da minha tia, ela já não andava. Coloquei ela dentro do carro com a ajuda do meu primo e ela veio deitada no banco de trás. Na UPA precisamos de maca, porque ela não conseguia mais sair de dentro do carro, não conseguia andar, mas ela estava consciente e relatou aos médicos o que estava sentindo. Ela ficou no corredor e um médico da sala vermelha veio e fez a primeira verificação", explicou.
A família aguardou cerca de 20 minutos para que Lidiane fosse chamada no painel para atendimento médico. A médica mediu a pressão da paciente, que estava 9 por 5 e, segundo relato dos familiares, a médica não conseguiu medir a saturação da paciente. Ela foi encaminhada para fazer novo raio-X. De posse do exame, a médica não constatou que não havia fratura e receitou um remédio para a paciente.
Antes que o remédio fosse ministrado Lidiane sofreu uma parada cardiorrespiratória e os profissionais de saúde da unidade não conseguiram reanimá-la. A família está no Instituto Médico Legal (IML) aguardando o laudo cadavérico que vai determinar a causa da morte da empregada doméstica.
Fonte: Cidade Verde