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Matéria / Geral

Mais de 40 municípios do Piauí renovam decretos de emergência

Defesa Civil diz que é preciso buscar novas alternativas para conter a seca

25/01/2017 - Jesika Mayara

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36a557131cf304318e9ff049b246.jpg (Foto: Lunae Parracho/Reuters)
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No Piauí, 40 municípios renovaram decretos de emergência por conta dos efeitos da forte seca que o estado enfrenta. Os municípios estão localizados principalmente na região da Serra da Capivara e nos Vales do Rio Canindé e Guaribas. Segundo a Defesa Civil do estado, atualmente 47 municípios, ao todo, estão em situação de emergência.

“A situação é aquela que já vem persistindo há muito tempo. A seca e os efeitos desta estiagem: a falta de água tanto para o consumo humano quanto para o consumo animal. O estado do Piauí, hoje, em quase todo o seu território, passa por um período de seca excepcional”, informou o diretor da Defesa Civil do Piauí, Vitorino Tavares.

Para agravar a situação da estiagem no estado, segundo o diretor, o período de chuvas é considerado fraco, com uma redução de 100 a 200 milímetros da precipitação pluviométrica. Por esta razão, os municípios continuam realizando as "operações carros-pipa" para tentar suprir a necessidade de água e, de acordo com o diretor, o governo tem buscando colocar em funcionamento alguns poços estratégicos já implantados no estado.

Vitorino disse que é preciso se fazer ainda mais, como dar continuidade a construção de adutoras, equipagem de novos poços e a abertura açudes e barragens para a acumulação de água quando o inverno chegar.

“A natureza cria nuances que saem do controle do homem. Quando se construíam as grandes barragens, pensávamos que iriamos resolver os problemas de abastecimento de água. Mas hoje nós observamos, por exemplo, que a barragem de Piaus, que trabalha com alimentando dez municípios, opera com sua capacidade de menos de 13%. Temos a questão de São Raimundo Nonato, o sistema adutor do Garrincha, que era um dos principais sistemas do estado e que a gente acreditava resolver o problema da água na região, e hoje vemos esse mesmo açude operando com menos de 15% da sua capacidade”, falou.

O diretor afirmou que o estado não pode parar de buscar novas alternativas para conter os efeitos da seca. “Essa é a maior de todas as secas que já conhecemos,  é uma situação que a gente ainda não tinha costume de trabalhar”, finalizou.

G1

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