Picos(PI), 23 de Novembro de 2024

Matéria / Geral

Número de servidores da Delegacia da Mulher de Picos é insuficiente

Com apenas dois servidores a delegacia possui muito trabalho acumulado

27/01/2017 - Jesika Mayara

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33ee7f49d3f2b150cd7516c3620c.jpg A Delegacia da Mulher de Picos funciona Rua São Sebastião, bairro Canto da Várzea. (Foto: Jesika Mayara)
33ee7f49d3f2b150cd7516c3620c.jpg A Delegacia da Mulher de Picos funciona Rua São Sebastião, bairro Canto da Várzea. (Foto: Jesika Mayara)

Após passar quase um ano sem um titular, a Delegacia da Mulher de Picos voltou a desenvolver suas atividades no mês de janeiro. Segundo a delegada Laura Regina, ao retornar de sua licença maternidade ela encontrou muito trabalho acumulado.

Ainda segundo a titular, a delegacia conta apenas com a delegada e um policial durante o expediente da pasta para atender uma demanda imensa.

“As denúncias são diárias, a Delegacia da Mulher não para, todos os dias nos recebemos informações de violência doméstica, lesão corporal, difamação, injuria, ameaça e todos esses fatos necessitam que a delegada tenha uma atuação permanente e dura”, disse Laura Regina.

O número insuficiente de servidores é constatado em diversas delegacias da mulher em todo o país.

Pesquisa inédita realizada pelo Instituto DataSenado, em parceria com o Observatório da Mulher contra a Violência e o Alô Senado, feita em diversas delegacias especializadas de atendimento à mulher de todo o Brasil, traçou um panorama das equipes, treinamento e dificuldades no cotidiano dos profissionais que trabalham com uma das principais portas de socorro às vítimas de violência.

Ao todo, foram entrevistados 625 profissionais de 357 delegacias brasileiras. Metade delas atende exclusivamente mulheres, enquanto 42% dividem atendimento com outros grupos, como crianças, adolescentes e pessoas idosas. Também 48% dessas delegacias têm mais de 10 anos de funcionamento e 79% contam com uma delegada ou um delegado exclusivo.

Vale ressaltar a importância das delegacias de defesa dos direitos das mulheres, que foram implantadas no Brasil desde os anos 1980, mas esse instrumento de política pública passa a atuar depois que a violência ocorreu, como a maioria das políticas no país, quando o Estado passa a agir.

 

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