(Foto: Raoni Barbosa)

(Foto: Raoni Barbosa)

Referência nacional, a educação do Piauí tem ganhado destaque também na área do ensino público. A valorização docente e a assistência e reforço educacional do Estado têm expandido resultados, projetando a educação piauiense no âmbito regional e nacional. Os professores da rede estadual de ensino, por exemplo, recebem acima do piso nacional e em 2016 receberam reajuste de 11,36% e o ensino médio público está entre melhores avaliados da região.

No âmbito de cargos e salários, desde o início de 2015, a Seduc fez mais de três mil mudanças de nível. A secretária da Educação, Rejane Dias, lembra que, desde 2010, as mudanças de classe (por titulação) e de nível (por tempo de serviço) não aconteciam, mas que a atual gestão já atualizou esses procedimentos. “É um compromisso nosso, pois se trata de direitos. Desde o início de 2015, realizamos mais de 3 mil mudanças de nível”, afirma a gestora.

As mudanças de classe acontecem duas vezes ao ano, beneficiando os professores que apresentam a titulação. Os docentes mudam de nível a cada quatro anos de trabalho e a Seduc edita decreto com essas mudanças quatro vezes ao ano.

Outro reforço dado aos recursos humanos da educação estadual foi a convocação de 340 aprovados no concurso público de 2014, que teve validade prorrogada para o fim de 2018. Durante a atual gestão, a Seduc convocou 800 concursados. Os atuais 340 convocados equivalem a 25% dos 1.360 concursados que esperam o chamamento. Em calendário oficializado pela Seduc, o Estado garante que em junho deste ano serão convocados mais 340, e nos meses de janeiro e junho de 2018, o restante dos aprovados.

A valorização docente é um dos fatores que têm contribuído para o crescimento do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) no cenário nacional. Pelos dados, o ensino médio da rede estadual de educação obteve 3,2 pontos, igualando a meta estipulada para o Piauí.
Com o resultado, o Piauí manteve a décima oitava colocação entre as redes estaduais de ensino médio entre todas as unidades da federação, sendo um destaque no  Norte e Nordeste do país. O Piauí foi um dos quatro estados da federação que cumpriu a meta estabelecida para o ensino médio nas escolas públicas da rede estadual.

A secretária da Educação, Rejane Dias, considera o resultado bastante positivo, tendo em vista as dificuldades enfrentadas pelos estudantes nestes dois anos, e prevê resultados ainda maiores. "Passamos o ano de 2015, quando iniciou nossa gestão, num processo de reparação estrutural, de retomada dos repasses de custeio e implementação de projetos que tem como foco a melhoria dos índices educacionais. Ações que certamente darão resultados melhores nos próximos levantamentos", comentou a gestora.

Os reflexos nas projeções nacionais fazem parte de um conjunto de ações públicas do Estado que reformulam a metodologia do ensino estadual e auxiliam escolas e regiões com menores condições de estrutura.

Poupança Jovem

Um dos projetos para melhoria no Ensino Médio é o programa Poupança Jovem, que concede bolsa de R$ 1.500, pagas em três parcelas anuais, para os alunos concluírem o ensino médio. O objetivo é reduzir a evasão escolar nos municípios com maior índice de extrema pobreza.

No primeiro ano, vai atender 44 municípios, alcançando 7.021 alunos do ensino médio. Ao final de cinco anos de execução, serão 77 municípios atendidos e 18.500 alunos beneficiados. Os recursos são disponibilizados por empréstimo com o Banco Mundial.

Educação em tempo integral

A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) conseguiu a adesão de 30 escolas ao novo regime de ensino de tempo integral, o que deve aumentar em mais 12 mil o número de alunos atendidos nessa modalidade de ensino, em 2017. Atualmente, 44 escolas da Seduc trabalham no regime de ensino de tempo integral, que é diferente do novo modelo adotado pelo MEC. Dessas, cinco escolas foram aprovadas para funcionar no novo regime. Dessa forma, o número de alunos atendido nas escolas de tempo integral do Estado, que hoje é de 11.397, deve praticamente dobrar.

Piauí com a menor taxa de abstenção do país

O Piauí foi o estado com a menor taxa de abstenção nas provas do Enem. Dados do Ministério da Educação revelam que 77,29% dos inscritos no estado compareceram ao exame, totalizando 185.901 participantes. Em todo o país, a taxa de evasão nas provas do Enem foi 30% maior que o ano passado, no qual 8.356.215 se inscreveram e apenas 5.848.619 fizeram a prova.

Os dados referentes ao Piauí são positivos e refletem as ações da Seduc, que além de preparar os alunos para o exame, desenvolveu atividades especiais que garantiram o transporte dos estudantes da rede estadual até aos locais de prova. Um exemplo foi a campanha Passe Livre que disponibilizou passes estudantis para os alunos do 3º ano da rede pública estadual, que moram em Teresina, para que estes pudessem trafegar gratuitamente no transporte público da capital, nos dias de aplicação das provas do Enem. Para os alunos do interior, nos municípios que não contam com transporte público, a secretaria disponibilizou transporte escolar para garantir que os estudantes também tivessem condução gratuita.

Jovem do Futuro

Outra ação da Seduc para a melhoria do Ideb é o Jovem de Futuro, implementado em parceria com o Instituto Unibanco. Trata-se de uma ferramenta de gestão com foco no rendimento escolar. Tem a meta de elevar a nota do Ideb do Ensino Médio de forma a fazer o estado alcançar a décima primeira colocação no teste a ser realizado em 2019.

O Jovem de Futuro é aplicado em mais quatro estados da federação e, em 2015, o Piauí obteve o melhor rendimento entre eles.

CCOM PI