Picos(PI), 22 de Dezembro de 2024

Matéria / Polícia

PF investiga participação de candidatos eleitos em fraude na transferência de títulos

04/12/2024 - Jesika Mayara

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P40G-IMG-7e9dd221584d612e1f.jpg (Foto: PF-PI)
P40G-IMG-7e9dd221584d612e1f.jpg (Foto: PF-PI)

Um dos alvos da operação deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (4), contra fraudes em transferência de domicílio eleitoral, foi um vereador eleito na cidade de Bocaina (325 km de Teresina). O nome do político não foi revelado pela PF, que confirmou investigações contra candidatos eleitos em outros municípios do Piauí.

A delegada Milena Caland pontuou que irregularidades já levantadas podem interferir na diplomação de candidatos eleitos que são investigados pela PF, porém, caberá ao Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI) uma decisão final sobre as eventuais denúncias. 

“Um dos alvos da operação de hoje foi eleito, de modo que, há uma investigação contra ele e indicativo de fraude que são gravíssimos, e pode haver repercussão. Digo que pode, porque quem define é o TRE, é a polícia que apresenta os indicativos e o TRE é quem avalia e julga”, frisou a autoridade policial. 

Além do candidato e eleitores, a PF identificou participação de um servidor terceirizado de um cartório da 28ª Zona Eleitoral, demitido após suspeita de operacionalizar a transferência indevida de domicílio de 73 eleitores para Bocaina. “Foi ele quem atendeu, manipulou e processou todos esses requerimentos”, pontuou Caland. 

Durante a operação foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Bocaina e Picos. A PF também investiga irregularidades em outros municípios da 28ª Zona Eleitoral. Ao todo, foram identificadas 78 solicitações suspeitas em Francisco Santos, 101 em Monsenhor Hipólito, 186 em São Luís do Piauí e 76 em São João da Canabrava. 

"Todos, indubitavelmente, com indícios de fraude. As fraudes se confirmam ou em razão dos requerimentos se encontrarem desprovidos de documentação ou instruídos com documentação falsa, comprovantes de endereço comprovadamente fraudulentos ou falsificados", concluiu a delegada da PF.

 

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