09/02/2017 - Jesika Mayara
O superintendente de Ensino da secretaria estadual de Educação, Carlos Alberto Pereira, esclareceu alguns ponto da proposta do governo federal que reestrutura diretrizes do ensino médio. A medida provisória foi aprovada ontem no Senado agora segue para sanção presidencial.
Carlos Alberto explica que a reforma é obrigatória em escolas da rede pública e opcional em unidades de ensino privadas. Entre alguns pontos de alteração, está a ampliação da carga horária anual de aulas.
"Vamos mudar de 800 horas aula/ano para 1000 horas aula/ano. Dentro de 5 anos teremos que trabalhar até chegar 1400 horas aula/ano", explica o superintendente. Com a aprovação da medida provisória, os estudantes terão disciplinas obrigatórias e eletivas, dependendo do projeto pedagógico de cada escola.
As disciplinas português e de matemática serão obrigatórias. Após polêmica no texto original, o Ministério da Educação voltou atrás e fez ajustes na medida, deixando claro que o ensino de educação física, filosofia, inglês, artes e sociologia também são imprescindíveis.
"Temos uma base comum nacional que é a de 13 disciplinas , que os alunos são obrigados a terem no ensino médio e mais 5 itinerários informativos, que são cinco linhas de estudo. Dentro desse itinerário o aluno escolhe a área que quer seguir, por exemplo, de tecnologia, ciências humanas ou ciências exatas e solicita que a escola dê uma formação complementar naquele itinerário informativo", detalha Carlos Alberto.
O superintendente de Ensino da Seduc defende que com a reforma, haverá escolas especialistas em determinadas áreas.
Sobre a autorização de contrato de professores com "notório saber" para ministrar disciplinas de curso de formação técnica, o superintendente da Seduc vê o ponto como polêmico, mas defende que essa é uma opção necessária.
"Está vinculado ao fato dos cursos de bacharelado. Os profissionais de odontologia, que poderiam ministrar aulas de técnico em odontologia, só possuem bacharelado, mas não licenciatura. Este é um problema dentro de ensino profissionalizante", comenta Carlos Alberto.
Fonte: Cidade Verde