11/02/2017 - Jesika Mayara
Várias cidades do Piauí vêm registrado grandes níveis de chuva, algumas com alagamentos ou com cheia nos rios e reservatórios. Em situações de alagamento, o Corpo de Bombeiros recomenta calma e cautela dos motoristas ao se depararem com vias alagadas. “A primeira recomendação é não tentar forçar. O que a gente tem percebido é a pessoa ter a impressão de que é possível atravessar. Nesse processo, ela acaba sendo arrastada”, alerta o major José Veloso, do Corpo de Bombeiros.
Caso o motorista enfrente uma situação como a registrada, a orientação é permanecer no veículo. “Nós já registramos casos de pessoas em carros presos em alagamentos que, ao saírem do veículo, foram arrastadas para bueiros”, relata o major. Ele informa que se o carro estiver estável e não se aproximar de galerias, o ideal é esperar o volume de água escoar ou aguardar socorro.
Em situações em que o veículo foi danificado por queda de estrutura elétrica, a recomendação é manter distância e buscar o atendimento o Corpo de Bombeiros. “Não se deve tocar nem se aproximar de maneira alguma. Acidente em que o condutor está dentro do veículo exigem cuidado redobrado. Um isolamento do poste pode ter sido danificado e estar conduzindo energia. Evite descer do veículo porque nessa descida o motorista pode fechar o arco voltaico, sendo condutor de eletricidade e vir a óbito. É fatal”, alerta o militar.
De acordo com os meteorologistas, a expectativa é de grandes acumulados de chuva entre os dias 10 e 15 de fevereiro. Além das recomendações apresentadas pelos Bombeiros, a conscientização para o manuseio do lixo é primordial. “Uma simples garrafa pet jogada em local inadequado se acumula, entupindo bueiros e contribuindo para a aglutinação de água”, confirma Veloso. Para emergências, o Corpo de Bombeiros disponibiliza telefone 24h gratuito via 193.
Água pode gerar fogo
A chuva forte também causou prejuízos no interior. Um estabelecimento comercial em Barras foi afetado por um incêndio no momento da chuva. Uma das possibilidades apontadas pelos Bombeiros é a das condições elétricas terem sido interferidas por uma infiltração de água na cobertura do prédio.
Para a corporação, quando a fiação elétrica não está de acordo com a norma, a chuva pode potencializar o risco de incêndios, tanto por infiltração de água como por descarga atmosférica, no caso de incidência de raios. “Se a instalação não estiver de acordo com a norma, também há risco de pane elétrica”, alerta o major Veloso. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) especifica medidas para que as instalações elétricas sejam seguras.
O bombeiro recomenda à população a buscar orientações profissionais para averiguação elétrica em comércios ou residências, principalmente em relação aos sistemas de aterramento. “Tudo o que acontece relacionado a curto circuito precisa-se de um sistema de proteção, que é o disjuntor, que é a chave para desligar automaticamente, evitando problemas de incêndios e de choques elétricos. Porque, se houver um vazamento de corrente elétrica na parede ou em um aparelho em si, ele pode vir a causar pane por conta da presença da água”, informou o oficial.
CCOM PI