Picos(PI), 23 de Novembro de 2024

Matéria / Polícia

Preso foi assassinado por companheiros de cela, aponta laudo

Reinado foi espancado e esganado, antes de ser pendurado em uma corda

13/03/2017 - Jesika Mayara

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608ea025fa3ce71c5e21e1ccc3ce.jpg Penitenciária José de Deus Barros (Foto: Jesika Mayara)
608ea025fa3ce71c5e21e1ccc3ce.jpg Penitenciária José de Deus Barros (Foto: Jesika Mayara)

Após realizar perícia na cela onde o corpo de um preso foi encontrado e realizar o exame cadavérico, a equipe do Instituto Médico Legal (IML) de Picos expediu um laudo onde são apontadas as causas da morte de Reinaldo Lopes de Moura Filho, de 28 anos.

O crime aconteceu no dia 06 de março, no pavilhão do D, da Penitenciária Regional José de Deus Barros, em Picos.

Relembre o caso: Corpo de detento é encontrado na penitenciária de Picos

De acordo com o delegado Jonatas Brasil, o documento aponta categoricamente que a vítima foi morta por seus companheiros de cela.

“Se trata de um homicídio causado por enforcamento. Reinaldo teve seis costelas quebradas e foi enganado por outros detentos, além disso, seus dedos apresentavam marcas o que significa que ele tentou impedir o enforcamento segurando a corda”, disse o delegado.

A Polícia Civil já começou a ouvir os detentos que se encontravam na cela de Reinaldo, cerca de sete pessoas já prestaram depoimento.

“Já temos a convicção que ao menos três pessoas cometeram o crime, todos os ouvidos negaram o fato. Acreditamos que ele foi morto pelo fato de seus companheiros acreditarem que ele teria estuprado a própria mãe, mas isso nunca aconteceu, Reinaldo estava preso por extorsão”, explicou Jonatas.

O delegado explicou que a vítima foi espancada, esganada e depois pendurada na corda, o que causou a sua morte.

“Assim que fomos acionados e estivemos no local, o suicídio já foi descartado devido os hematomas que encontramos no corpo da vítima, o laudo veio para nos reafirmar isso. Apesar os detentos terem medo de denunciar os autores do crime, vamos continuar ouvindo outros detentos do pavilhão”, concluiu Brasil.

 

 

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