(Foto: Reprodução)

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Ofertada desde janeiro nas salas de vacinação do município a vacina contra o Papiloma Vírus Humano (HPV) tem tido pouca procura do público masculino.

A vacina que já era destinada a meninas estendeu sua abrangência e, desde este ano, incorporou meninos, de 12 a 13 anos, como parte do Calendário Nacional de Vacinação. O objetivo é proteger contra os cânceres de pênis, garganta, ânus e colo uterino – doenças que estão diretamente relacionadas ao HPV.

Segundo a coordenadora municipal de imunização, Valdivânia Pacheco, a procura não está sendo muito grande.

“Estamos buscando a realização de uma mobilização para que cada Unidade Básica de Saúde faça o seu ‘Dia D’ de imunização. Fizemos um levantamento e constatamos que 1.112 meninos, com idade de 12 a 13 anos, deverão tomar a vacina em Picos”, disse Valdivânia.

Os dados repassados pelas UBS mostram que a procura tem sido muito pequena, dessa forma, a 9º Gerência Regional de Educação (9ª GRE) em conjunto com a Secretária Municipal de Saúde solicitou o envio de um número maior de vacinas para a realização da mobilização.

“A baixa procura se deve à falta de informação sobre a eficácia da vacina e ao mesmo tempo alguns pais tem receio de administrar a vacina em seus filhos por conta de alguns boatos que relatavam alguns efeitos colaterais da imunização, mas isso não é verídico”, disse a coordenadora.

A doença

HPV é a sigla em inglês para papiloma vírus humano, capazes de infectar a pele ou as mucosas. Existem mais de 150 tipos, sendo que cerca de 40 podem infectar o trato ano-genital.

A infecção é muito frequente, mas transitória, regredindo espontaneamente na maioria das vezes. No pequeno número de casos nos quais a infecção persiste, pode ocorrer o desenvolvimento de lesões precursoras que, se não forem identificadas e tratadas, podem progredir para o câncer. Pelo menos 13 tipos de HPV são considerados oncogênicos, apresentando maior risco ou probabilidade de provocar infecções persistentes e estar associados a lesões precursoras.