03/10/2025 - Redação
(Foto: Reprodução)
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O Hamas disse, nesta sexta (3), que concorda em libertar todos os reféns israelenses, vivos ou mortos, como parte do plano de paz de Gaza proposto pelos EUA.
Em um comunicado, o grupo palestino acrescentou que está pronto para engajar imediatamente em negociações através de mediadores para discutir detalhes do acordo.
O Hamas reiterou o acordo de entregar a administração da Faixa de Gaza a um organismo palestino independente "com base no consenso nacional palestino e com apoio árabe e islâmico".
Segundo um funcionário do Hamas, o grupo não se desarmará antes do fim da ocupação israelense.
Em uma cópia de uma declaração vista pela Reuters, o Hamas emitiu sua resposta ao plano de 20 pontos de Trump depois que o presidente deu ao grupo militante palestino até domingo para aceitar ou rejeitar a proposta.
Não ficou claro se os EUA ou Israel estariam interessados em se envolver em novas negociações sobre os termos do plano.
Hamas busca mais negociações
Na sua resposta ao plano de Trump, o Hamas disse que "aprecia os esforços árabes, islâmicos e internacionais, bem como os esforços do presidente dos EUA, Donald Trump, pedindo o fim da guerra na Faixa de Gaza, a troca de prisioneiros (e) a entrada imediata de ajuda", entre outros termos.
O Hamas disse que estava anunciando sua "aprovação da libertação de todos os prisioneiros de ocupação — tanto vivos quanto mortos — de acordo com a fórmula de troca contida na proposta do presidente Trump, com as condições de campo permissão para implementação da troca".
Mas o grupo acrescentou: "Nesse contexto, o movimento afirma sua disposição de entrar imediatamente, por meio dos mediadores, em negociações para discutir os detalhes".
O Hamas já havia oferecido a liberação de todos os reféns e a entrega da administração da Faixa de Gaza a um órgão diferente.
O plano de Trump especifica um cessar-fogo imediato, uma troca de todos os reféns mantidos pelo Hamas por prisioneiros palestinos mantidos por Israel, uma retirada israelense de Gaza, o desarmamento do Hamas e a introdução de um governo de transição liderado por um internacional.
Entenda o plano dos EUA para Gaza
A Casa Branca divulgou nesta segunda-feira (29) os principais pontos do plano apresentado pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para acabar com a guerra na Faixa de Gaza.
A proposta do governo americano prevê um governo internacional temporário, que seria chamado de “Conselho da Paz”, chefiado e presidido por Trump, com outros membros e chefes de Estado a serem anunciados, incluindo o ex-primeiro-ministro do Reino Unido Tony Blair.
O controle de Gaza seria posteriormente cedido à Autoridade Palestina.
O plano apresentado por Trump prevê um cessar-fogo permanente e a libertação de todos os reféns que continuam nas mãos do Hamas, vivos ou mortos. Em troca, Israel libertará presos palestinos e devolverá restos mortais de pessoas de Gaza.
O acordo sugere ainda que Gaza não será anexada por Israel e que o Hamas não terá participação no governo do território. Integrantes do grupo palestino que se renderem seriam anistiados.
A proposta também inclui a retirada gradual das forças israelenses de Gaza e a desmilitarização do território.
Com informações da CNN/ Reuters